São Paulo, sexta, 1 de maio de 1998

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"Fausto' traz crise do homem com o poder

especial para a Folha

O homem está em crise com o poder. E o fim do milênio acentua ainda mais essa pretensão de "ser Deus", que habita o âmago de cada um. A avaliação é do diretor Paulo Simões e do seu grupo, o Núcleo Ânima de Teatro. E a prova vem com "Fausto", de Goethe, que entra em cartaz hoje.
Simões, 37, vê no texto de Goethe uma correspondência com os tempos que correm. "A peça expõe o homem no seu universo microscópico; ele com os seus pequenos demônios", diz.
Mas a montagem não traz nenhum contágio com a realidade. "É um trabalho nitidamente atemporal, preso à história", explica o diretor. "As metáforas ficam por conta do espectador."
Na peça, Dr. Fausto (Fábio Zagui) está farto da ciência e busca respostas nas forças ocultas e na magia. O demônio, Mefistófeles (Selma Egrei), aposta a alma do incauto com Deus. Inicia-se aí a longa jornada do homem, confrontando a si mesmo (fragilidade, amor e, é claro, poder). (VS)
Peça: Fausto Autor: Goethe Direção: Paulo Simões Com: Maria Fernanda, Luque Daltrozo, Bete Dorgam, Márcio Mehiel e outros Onde: casarão da FAU/Maranhão (rua Maranhão, 88, Higienópolis, tel. 011/257-7688)
Quando: estréia hoje, às 21h; sexta e sábado, às 21h; domingo, às 20h
Quanto: R$ 15 (sexta e domingo) e R$ 20 (sábado)



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