São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil pretende levar 47 atrações

ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BERLIM

O Brasil pretende ter 47 atrações na Exposição Universal de Hannover. Os eventos serão realizados tanto dentro do pavilhão brasileiro como em outros lugares da Expo 2000, com bastante ênfase na música.
O tema brasileiro é "Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável", uma variação em torno do tema principal do evento ("Humanidade, Natureza e Tecnologia"). O pavilhão brasileiro foi projetado pela diretora de teatro Bia Lessa. Ela usou peças móveis de madeira na estrutura.
A idéia dela é fazer uma obra em constante mudança. O governo brasileiro ainda não anunciou o que será feito da estrutura após o final da Expo, em 31 de outubro.
O esperado é que 15 mil pessoas passem diariamente pelas instalações brasileiras, 5% do público total, o que representaria um total de 2 milhões de visitas ao estande do Brasil em Hannover.
As atrações culturais do estande brasileiro foram selecionadas pelo Ministério da Cultura. A idéia é mostrar a mescla brasileira entre o popular, o folclórico e o clássico. Algumas atrações já são conhecidas dos europeus, como o Balé Folclórico da Bahia e o multiinstrumentista Antônio Nóbrega.
Uma programação especial foi planejada para o dia 7 de setembro. Além de shows e espetáculos de dança, haverá performances de circo e apresentações de grupos de capoeira.
O evento mais ambicioso do Brasil na Expo 2000 deve ser a montagem da ópera "Lo Schiavo" (O Escravo), de Carlos Gomes. O diretor do espetáculo, Fernando Bicudo, planejou encenação com 150 figurantes.

Polêmica
O Ministério do Esporte e Turismo e o Itamaraty começaram a discutir a participação do país na exposição em 98. Nesta semana, a Folha noticiou que a Embratur entregou, sem licitação, o contrato de R$ 13,7 milhões para a administração da montagem do pavilhão brasileiro na mostra à agência Artplan Prime, que é dirigida por Fernanda Bornhausen de Sá, filha do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC).
A polêmica sobre os gastos tende a aumentar. O governo anunciou inicialmente que o custo total do evento seria de cerca de R$ 16 milhões. Ele será, no entanto, de cerca de R$ 18,8 milhões. Só pelo aluguel do espaço serão desembolsados R$ 2,5 milhões. Pela montagem do pavilhão, R$ 14,1 milhões; e, em eventos culturais, R$ 2,2 milhões.
(RL)


Texto Anterior: As principais atrações
Próximo Texto: Música: Murray abre Chivas Festival em SP
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.