São Paulo, domingo, 01 de junho de 2008

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Filmes

Indiana Jones e a Última Cruzada     Globo, 12h50. (Indiana Jones and the Last Crusade). EUA, 1989, 126 min. Direção: Steven Spielberg. Com Harrison Ford, Sean Connery, Denholm Elliott. A melhor aventura do arqueólogo Indiana Jones (Ford), em parte porque é a mais equilibrada entre ação e reflexão (em contraste com o segundo filme, de ação destrambelhada). Em parte, porque diminui um pouco o fetichismo na evocação dos velhos seriados. Em parte, ainda, porque se faz a arqueologia do próprio Indiana, visto aqui em sua adolescência e dotado de um pai (Sean Connery). Muito bom divertimento.

Um Milionário em Apuros   SBT, 22h. (King's Ransom). EUA, 2005, 95 min. Direção: Jeff Byrd. Com Jay Mohr, Nicole Parker, Kellita Smith. Mohr é um empresário odiado, que, para proteger seu dinheiro da mulher, que pretende o divórcio, articula o próprio seqüestro. Comédia que, mais ou menos como o empresário, também é universalmente rejeitada. Inédito.

Garfield, o Filme   Record, 22h. (Garfield - The Movie). EUA, 2004, 80 min. Direção: Peter Hewitt. Com Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Stephen Tobolowsky. Nesta adaptação do personagem de Jim Davis, Garfield (feito em animação gráfica) atazana meio mundo na casa de Jon, sobretudo o cãozinho Odie (a melhor coisa deste filme), recém-adotado na casa. Mas o felino tem seus remorsos, e, quando Odie entra em graves apuros, ele prestará seus socorros. O problema, aqui, é de formato: se as tiras permitem breves e potentes esquetes cômicos, a longa duração faz do autêntico Garfield alguém com seus dramas e querendo muito ser humano. Pior: o gato folgado e observador das tiras vira, basicamente, um gato gordo.

Babe - O Porquinho Atrapalhado na Cidade    Record, 23h30. (Babe: Pig in the City). EUA, 1998, 97 min. Direção: George Miller. Com James Cromwell, Magda Szubanski, Mickey Rooney. "Babe, o Porquinho Atrapalhado" (1995) era um primor. Aqui, como em quase todas as continuações, a coisa não anda tão bem. Ele vai à cidade com mrs. Hoggett. Já se pediu a Babe que se comportasse como cão, no primeiro filme. Agora, pede-se, praticamente, que vire gente. Ele sofre.

O Alvo      Globo, 0h30. (Hard Target). EUA, 1993, 94 min. Direção: John Woo. Com Jean-Claude Van Damme, Lance Henriksen, Yancy Butler. Van Damme descobre uma quadrilha especializada em seqüestrar ex-combatentes no Vietnã que não tenham nenhuma família para transformá-los em alvo de milionários. John Woo queixa-se de que não teve liberdade para fazer o filme como queria. Mas "O Alvo" é um achado na carreira de Van Damme. E tudo o que Woo faz de melhor está lá: a começar por uma coreografia da violência que remete aos musicais da velha Metro e pelo retorno a um cinema popular e digno. Poucas vezes, nos EUA, Woo teria oportunidade de ser ele mesmo. Aqui, por exemplo.

O Articulador   Bandeirantes, 1h15. (People I Know). EUA, 2002, 99 min. Direção: Daniel Algrant. Com Al Pacino, Ryan O'Neal, Téa Leoni, Kim Basinger. Al Pacino é um assessor de imprensa a quem O'Neal, um ator que já ganhou até Oscar, encarrega de livrar uma "starlet" (Téa Leoni) da cadeia. O problema é que, em companhia da garota, ele vai se envolver onde obviamente não devia e tornar-se testemunha de um crime em que o criminoso é um cara cheio de poder. Com a dificuldade batendo à porta, ele será acolhido por Kim Basinger, que lhe dará um ou dois proveitosos conselhos. O conselho ideal, que seria Al Pacino não se envolver com este filme, ninguém deu. Um fracasso federal, apesar de todo o elenco.

O Filho da Noiva   Globo, 2h10. (El Hijo de la Novia). Argentina, 2001, 123 min. Direção: Juan José Campanella. Com Ricardo Darín, Héctor Alterio, Norma Aleandro, Eduardo Blanco. Em plena crise da meia-idade, Darin decide ajudar o pai (Alterio) a realizar seu grande sonho: casar com sua mãe (Aleandro), que a esta altura do campeonato já está numa casa de repouso. Campanella tem feito uma bela carreira no sentimentalismo mais baixo, que explora aqui à saciedade. Mas aí estão alguns dos melhores atores argentinos do momento. Um filme tão vil certamente está preparado para emplacar em outros horários.

Duetos - Vem Cantar Comigo    SBT, 3h. (Duets). EUA, 2000, 112 min. Direção: Bruce Paltrow. Com Gwyneth Paltrow, Huey Lewis, Maria Bello, Paul Giamatti. O ponto de partida é o encontro de uma cantora fracassada (Gwyneth) com seu pai (Lewis), pela primeira vez, no enterro da mãe dela. Segue-se concurso de karaokê onde eles se arriscam e onde outros personagens entrarão em cena. Belo ponto de partida, em filme que, no entanto, não emplacou. O fato de Bruce Paltrow, o pai de Gwyneth, ter morrido pouco depois (em 2002) do recrudescimento de um câncer talvez tenha relação com a falta de energia que se aponta com freqüência a respeito deste musical.

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