São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2005

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TV

À Folha, Hubert fala sobre o novo filme dos humoristas, "Pânico", "mensalão" e a substituição de Dirceuzinho no programa

Dilminha estréia no ministério do "Casseta"

LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da queda de Dirceuzinho, Dilminha será a nova personagem do quadro de animação "Os Ministros Superpoderosos", do "Casseta & Planeta" (Globo).
Mas a reforma do "ministério" -uma brincadeira com a troca de José Dirceu por Dilma Rousseff na Casa Civil- é só um dos "presentes" concedidos pelo escândalo do "mensalão" ao humorístico. "O melhor é que rolou neste ano e não em 2006, que tem Copa. Eles são organizados, o crime é organizado. Nós não temos do que reclamar", brinca Hubert, o Viajando Henrique Cardoso.
À Folha, ele falou sobre Lula, crise política, "Pânico na TV" e novo filme. Leia trechos a seguir.

 

Folha - É o melhor momento político para piadas dos últimos anos?
Hubert -
O humorista brasileiro não pode se queixar dos seus políticos. O povo pode, mas nós não. Trabalho desde os tempos de Figueiredo, e até hoje eles nunca deixaram de fornecer piadas.

Folha - "Mensalão" é engraçado?
Hubert -
É, caiu na boca do povo.
Folha - Quem é o maior palhaço?
Hubert -
O grande otário dessa história toda é o Lula, porque estava acontecendo um monte de coisa ali do lado dele, e o cara só vendo futebol. Uma filial da máfia ali do lado da sala dele, e o cara vendo melhores momentos do jogo. O palhaço é quem votou nesses políticos, e o otário de ouro é o presidente.
Folha - Além da queda de Dirceuzinho, farão mais reformas no ministério dos superpoderosos?
Hubert -
Entra Dilminha (risos). Boa idéia. É a nova personagem.
Folha - Lula rende muito mais piadas do que Fernando Henrique?
Hubert -
Acho que é a mesma coisa. Realmente não temos do que nos queixar. Os políticos sempre fazem bobagens. O Lula é um prato cheio. Tem um sistema que favorece a corrupção, e o cara fica vendo futebol. Ainda bem que o Brasil ganhou da Argentina. Foi uma jogada para desviar a atenção do "mensalão" (risos). Os jogadores receberam uma mala de dinheiro.
Folha - Você ainda agüenta responder o que acha do "Pânico"?
Hubert -
Agüento. Eu gosto, nós gostamos, achamos engraçado. Eles são feios, mas estão na moda (risos). O programa é diferente do nosso. Eles gostam de falar de artista, nós, mais da novela. Eles têm o humor ideal da Rede TV!, que vive muito da Globo. Estão no lugar certo. Falam do Silvio Santos, do Gugu, do que não podemos falar na Globo. Há uma orientação de que não podemos falar do concorrente. Acho que se pode fazer o trabalho em qualquer emissora, desde que a emissora esteja a fim.
Folha - E o novo filme?
Hubert -
Estamos fechando o roteiro e devemos fazer inteiramente na Globo, com o diretor do programa. "Puro-sangue", como chamam. É o julgamento do século das Organizações Tabajara. Terá elementos do programa, mas no cinema não basta um monte de quadros. Haverá um grande galã para atrair as mulheres.


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