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DA RUA
Macumba
FERNANDO BONASSI
Zinco arrepiado abafa.
Nada se cobra. Chão de vermelhão que o sol vazado
quadricula. Tudo se negocia. Banco quase de igreja
onde pedidos arfam em pedacinhos de papel. Batuques, atabaques por cima
das tosses. Sete flechas rabiscadas. Pólvora explode.
Empetecado de guia, banhado na erva, charuto
amarfanhado, cacique pai
Edu aparece curvado. Dá
pinote. Pesa no cavalo arriado. Ainda não entrou inteiro. Quarta-feira nem é
bom dia. Mais batuque.
Mais pólvora. Mais sangue.
Cabritos e galinhas que se
danem. Todo mundo já tem
bastante problema.
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