São Paulo, segunda-feira, 01 de agosto de 2011

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Estúdio atuou como 'escola de sobrevivência'

CRÍTICO DA FOLHA

Companhia menos ambiciosa e fechada do que a Vera Cruz, a Maristela trouxe para perto de si inúmeros entusiastas do cinema que não ousavam se aproximar da primeira, ressalta Afrânio Mendes Catani em seu "A Sombra da Outra" (ed. Panorama).
Para concorrer com a Vera Cruz, a Maristela tinha também seus artistas exclusivos, o principal deles, Procópio Ferreira.
A maior estrela a trabalhar ali, no entanto, foi, de longe, Aldo Tonti, diretor de fotografia de filmes de Fellini, Rossellini, Visconti, entre outros, que, no Brasil, fez a luz de "O Comprador de Fazendas".
É possível que a maior herança da Maristela não esteja nem em seus filmes, mas nos técnicos e diretores que ali se formaram e aprenderam a sobreviver no quase sempre inóspito cinema brasileiro.
Ali se formaram o diretor Glauco Mirko Laurelli, sócio de Luis Sérgio Person, os montadores Sylvio Renoldi e Luis Elias, o diretor de fotografia Oswaldo de Oliveira.
A saga de Marinho Audrá no cinema talvez tenha se completado com sua participação em dois filmes de referência do imediato pré-cinema novo: "Rio Zona Norte", de Nelson Pereira dos Santos, e "O Grande Momento", de Roberto Santos. Ali, enfim, pôde participar da aventura neorrealista no cinema brasileiro. (IA)


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