da Redação

Barbie participou de toda a história das artes visuais, desde as pinturas em cavernas a partir de 11000 a.C. até as pinturas de Andy Warhol. Em seu bem-humorado site The Gennie Chronicles (http://users.erols.com/browndk), o fotógrafo americano Dean Brown recria algumas obras-primas e sugere que Barbie teve aí participação decisiva. Sempre com um viés feminista.
Sobre as pinturas rupestres, escreve: "Há muitos aspectos impressionantes nessa anônima e recentemente descoberta pintura. Primeiro, a artista era uma mulher! E uma esposa! E mãe!".
Há ainda a "Vênus de Milo" como Barbie, o "Nascimento de Vênus", de Boticelli (que teria usado uma boneca Barbie como modelo), "Retrato de Jovem Mulher", de Goya, e "Prima Gennie", obra atribuída à "escola de Chuck Close" (uma grande ironia com a supervalorização dos artistas contemporâneos, uma vez que Close surgiu nos anos 60/70 e obviamente não tem uma "escola" à maneira acadêmica).
Ao recriar a obra de Warhol, que já pintou uma Barbie, Brown provoca: "Esta folha foi encontrada no lixo próximo à Fábrica de Warhol. Podia ter sido jogada fora, apenas um esboço ou o trabalho de um estudante. Isso permanece outro daqueles intrigantes mistérios da história da arte".
O site também reconta partes da história americana usando a boneca. Há uma fotografia de Gennie como presidente dos Estados Unidos, discursando no Lincoln Memorial, onde Martin Luther King disse o célebre "I have a dream" (eu tenho um sonho). "Seremos donas de nosso destino. Não seremos mais dominadas", diz Gennie em seu discurso de posse -uma das bonecas Barbie, lançada em 1992, era candidata à Presidência.
O site, que se chamava The Barbie's Chronicle e incluía o Barbie's History of Art, teve que mudar de nome quando o fabricante Mattel ameaçou processar o fotógrafo.
O mesmo aconteceu com o site The Distorted Barbie, que foi obrigado a "distorcer" a imagem da boneca até ela ficar irreconhecível e grafar seu nome como "$arbie". (FO)



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