ERIKA PALOMINO
enviada especial a Milão

Dolce & Gabbana fez ontem o principal desfile do dia, na temporada do "prêt-à-porter" de Milão, que termina hoje (amanhã o circo da moda se move para sua última etapa, Paris).
E a apresentação da coleção primavera-verão 2000 dos estilistas foi também concorrida, com a presença da cantora Whitney Huston (de casaco com pedrarias, gargantilha grossa de strass e bota) e da atriz Selma Hayek, num top de estampa de oncinha que deixava sua barriga à mostra, calça bailarina e sandália. Antes do desfile, Selma se levantou e foi até Whitney, cumprimentá-la.
Em termos de espetáculo, foi até agora a apresentação mais cenográfica.
O ambiente reproduzia uma feira popular, com luzinhas coloridas penduradas, barracas de frutas (verdadeiras, que os convidados podiam pegar), ambulantes que cozinhavam castanhas e ofereciam "cookies" (biscoitos) às pessoas.
A música, pré-desfile, era feita de canções italianas. Pura Sicília.
O desfile foi igualmente uma profusão e mistura de estampas, cores, materiais e referências. O início foi de "looks" tipo máfia, com ternos masculinos, camisas brancas, coletes, gravatas e chapéu, ganhando requinte e brocados aos poucos.
A camisa de seda transparente, que é uma realidade nesta temporada, aparece aqui o tempo todo, estampada de bolinhas ou listras ou lisa, com sutiã um fino e aparente por baixo.
Na coleção em que paetê é vírgula, o "look" é rebuscado, saturado de cor, barroco até, terminando em "melindrosas", de vestidos de alcinha de franjas, e no "grand-finale" de "coristas", com todas de sutiã e microssaia.


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