São Paulo, segunda-feira, 01 de outubro de 2007

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Masp na encruzilhada

Em seu 60º aniversário, museu apresenta acervo com nova configuração e busca soluções para os problemas financeiros; dívidas chegam a R$ 10 milhões

Tuca Vieira/Folha Imagem
Exposição "Da Bauhaus a (Agora!)", no subsolo do museu


TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL

O Masp completa 60 anos amanhã. Símbolo da cidade e dono do mais importante acervo da América Latina, o Museu de Arte de São Paulo inicia as comemorações de seu aniversário com uma nova exposição de sua coleção.
"A Arte do Mito" será inaugurada amanhã, em solenidade para convidados, na qual haverá ainda a primeira exibição de um retrato de Assis Chateaubriand, o fundador da instituição, pintado em 1954 pelo artista russo radicado no Brasil Dimitri Smailovitch. O público terá acesso à mostra na quarta.
Trata-se de uma nova proposta de exibição da coleção, que substitui a divisão cronológica e por escolas que era utilizada para apresentar o acervo.
O rearranjo marca o trabalho de Teixeira Coelho, que há pouco mais de um ano assumiu o cargo de curador-chefe.
Os 60 anos da instituição assinalam também a busca de soluções para a crise financeira.
O museu tem dívidas de R$ 10 milhões, metade desse valor já negociado e parcelado, de acordo com o arquiteto Júlio Neves, presidente do Masp.
A expectativa da instituição é que os problemas sejam resolvidos com atividades relacionadas ao edifício Dumont-Adams, antigo prédio residencial e vizinho do museu, adquirido pelo Masp com recursos doados pela operadora de celulares Vivo.
O plano inicial, a construção de uma torre de 125 metros no local, foi vetado pela prefeitura.
Agora, o Compresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) sinalizou positivamente para um novo projeto: a criação de uma escola do museu em parceria com universidades, além de espaço para escritório, ateliê de restauro, restaurante e loja.
Não há uma data definida para o início da reforma nem para a inauguração. Neves estima que custará entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões.
Outra possibilidade em estudo é a criação de um grupo de mantenedores que ajudaria o museu com contribuições anuais. É mais um projeto sem data para começar.


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