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DANÇA
Décima terceira edição do evento, que ocupa seis endereços, traz pela primeira vez ao país nomes como Hiroaki Umeda
Panorama RioArte valoriza caminhos experimentais
INÊS BOGÉA
CRÍTICA DA FOLHA
Está em cena o 13º Panorama
RioArte de Dança, um dos mais
importantes eventos nacionais de
criação e discussão na área. Ao
longo de sua existência, o Panorama estabeleceu redes de artistas,
curadores e críticos.
Segundo a diretora artística do
festival, a coreógrafa Lia Rodrigues, é a própria idéia de continuidade (muito rara), beneficiada
pelas parcerias estabelecidas ao
longo dos anos, que garantem hoje a sua realização.
A dança ocupará simultaneamente vários espaços do Rio: Teatro Carlos Gomes, Espaço Cultural Sérgio Porto, Sesc/Copacabana, Paço Imperial, Centro Coreográfico e o antigo prédio da Beneficência Portuguesa.
Uma característica que se mantém é a multiplicidade de focos,
"apontando para a importância
de se trazer informações de fora,
para a formação pelos novíssimos
criadores, críticos e curadores, e
para a criação conjunta que nutre
artistas nacionais e internacionais", explica Lia Rodrigues.
A chave proposta por ela aos curadores desta rodada, Nayse López e Eduardo Bonito, foi um
"olhar para o futuro". A pergunta
é: "Como fazer uma programação
dando conta de alguns caminhos
atuais dessa dança mais de vanguarda ou mais conceitual?". O
Panorama deveria ser este lugar
de experimentar coisas novas.
Como de hábito, haverá apresentações de trabalhos de artistas
brasileiros e internacionais. Entre
os nomes internacionais, Hiroaki
Umeda (Japão) vem pela primeira vez ao Brasil, com um trabalho
que se dá no cruzamento de linguagens contrastantes: butô e hip
hop. Antje Pfundtner (Alemanha) é outra jovem coreógrafa
que também vem pela primeira
vez ao país.
Rachid Ouramdane (França),
reconhecido nome internacional
que esteve em Fortaleza no ano
passado, Hooman Sharifi (Noruega/Irã), que além de apresentar seu trabalho dará workshop, e
La Ribot (Reino Unido/Espanha)
são outros estrangeiros que se
apresentarão no festival, assim
como os portugueses Francisco
Camacho, Tiago Guedes, Monica
Calle e Vitalina Souza.
Entre os vários brasileiros estão
nomes conhecidos, como Luiz de
Abreu, Wagner Schwartz, Michel
Groisman, Paula Águas, Ana Vitória e Dani Lima, entre outros.
Há atividades focadas em temas
específicos, como os "bolsistas da
casa Hoffman" (de Curitiba), os
"Novíssimos" (jovens criadores
cariocas com seus primeiros trabalhos), o "Projeto Rumos Itaú"
(trabalhos cariocas selecionados),
os "Instantâneos" (30 artistas brasileiros que trabalharam durante
dez dias com a espanhola La Ribot). E palestras da diretora da Live Art Development Agency, Lois
Keidan (Reino Unido), e do artista visual Armando Menicacci
(França).
Sem falar nos "Encontros Imediatos", uma parceria, que já vem
de 1999, com o festival "Danças na
Cidade" de Portugal. Neste ano,
artistas portugueses e brasileiros
ocuparão o antigo prédio da Beneficência Portuguesa.
Mesmo com restrições orçamentárias, o Panorama segue
sendo um foco importante de informação e investigação da dança, com repercussão nacional.
Não se pode subestimar sua importância; oxalá tenha forças para
resistir às contingências brasileiras, que nunca ninguém falou que
eram fáceis.
13º PANORAMA RIOARTE DE DANÇA.
Onde: o evento acontece no Rio de
Janeiro em seis endereços diferentes;
mais informações podem ser obtidas
pelo telefone 0/xx/21/ 2511-3305.
Quando: até domingo. Quanto: de grátis
a R$ 2.
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