São Paulo, terça-feira, 01 de novembro de 2005

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Site tem passeio pelo "Esquisitório"

DA REPORTAGEM LOCAL

Para alguém que mora no Brasil, é muito difícil entrar em contato com a obra de Joe Coleman -com exceção de "Sangue Ruim", seus livros não foram lançados no país, assim como seus filmes. Exposições de seus quadros são raras mesmo nos Estados Unidos, porque a grande maioria deles está nas mãos de colecionadores. Mas há um caminho (virtual) acessível para o bizarro mundo de Joe. É a internet.
No site www.joecoleman.com, além das tradicionais biografias, entrevistas e exemplos das obras do pintor, há um link para o "Esquisitório" (Odditorium, no original, um trocadilho que une a palavra "odd", estranho, com "auditorium", auditório), um espaço em sua casa que visitantes ilustres como o cineasta Jim Jarmusch já definiram como "uma das maiores coleções de trecos realmente estranhos de todo o mundo".
Coleman explica: "Há de tudo ali. Cabeças humanas guardadas em formol, fetos deformados [dentre os quais se destaca "Junior", que ele estima como um filho adotivo], uniformes da Guerra Civil, a carta que [o assassino] Albert Fish escreveu para a mãe de sua última vítima. Minha casa rivaliza com qualquer museu de patologias, mas é esse ambiente que me deixa confortável".
O site de Coleman na internet utiliza uma tecnologia especial que permite girar 360 dentro do "Esquisitório", de modo a sentir-se realmente visitando o lugar. Além disso, há textos e vídeos explicativos sobre algumas das obras coletadas (como uma estátua de cera de Fidel Castro), além de um breve filme introdutório apresentado pelo próprio artista.
O apartamento de Coleman, situado no Brooklyn, em Nova York, já é, em si, uma atração: ele simplesmente não tem janelas ou qualquer entrada de luz natural. "Gosto de pintar usando somente a iluminação de uma lâmpada. Além disso, colocando paredes nos lugares das janelas, consigo pôr mais prateleiras e acumular coisas", explica ele.


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