|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Site tem passeio pelo "Esquisitório"
DA REPORTAGEM LOCAL
Para alguém que mora no Brasil, é muito difícil entrar em contato com a obra de Joe Coleman
-com exceção de "Sangue
Ruim", seus livros não foram lançados no país, assim como seus
filmes. Exposições de seus quadros são raras mesmo nos Estados Unidos, porque a grande
maioria deles está nas mãos de colecionadores. Mas há um caminho (virtual) acessível para o bizarro mundo de Joe. É a internet.
No site www.joecoleman.com,
além das tradicionais biografias,
entrevistas e exemplos das obras
do pintor, há um link para o "Esquisitório" (Odditorium, no original, um trocadilho que une a palavra "odd", estranho, com "auditorium", auditório), um espaço
em sua casa que visitantes ilustres
como o cineasta Jim Jarmusch já
definiram como "uma das maiores coleções de trecos realmente
estranhos de todo o mundo".
Coleman explica: "Há de tudo
ali. Cabeças humanas guardadas
em formol, fetos deformados
[dentre os quais se destaca "Junior", que ele estima como um filho adotivo], uniformes da Guerra Civil, a carta que [o assassino]
Albert Fish escreveu para a mãe
de sua última vítima. Minha casa
rivaliza com qualquer museu de
patologias, mas é esse ambiente
que me deixa confortável".
O site de Coleman na internet
utiliza uma tecnologia especial
que permite girar 360 dentro do
"Esquisitório", de modo a sentir-se realmente visitando o lugar.
Além disso, há textos e vídeos explicativos sobre algumas das
obras coletadas (como uma estátua de cera de Fidel Castro), além
de um breve filme introdutório
apresentado pelo próprio artista.
O apartamento de Coleman, situado no Brooklyn, em Nova
York, já é, em si, uma atração: ele
simplesmente não tem janelas ou
qualquer entrada de luz natural.
"Gosto de pintar usando somente
a iluminação de uma lâmpada.
Além disso, colocando paredes
nos lugares das janelas, consigo
pôr mais prateleiras e acumular
coisas", explica ele.
Texto Anterior: Sobre Joe Próximo Texto: Trecho Índice
|