JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA

Com a nova filial do Ritz no Itaim, os frequentadores do restaurante, que existe há 20 anos nos Jardins, ganharam a possibilidade de desfrutar seus pratos com mais conforto e estender para o jantar as refeições que, na matriz, só podiam fazer tranquilamente no almoço.
É que o Ritz dos Jardins, com todo o seu charme, é pequenino, apertado e vive com duas faces: no almoço é um restaurante e, à noite, embora sirva os mesmos pratos, ganha uma atmosfera de bar, entupido de gente e fumaça, com um público principalmente gay.
Já o novo Ritz não pretende funcionar como bar, mas sim como restaurante. Não é à toa que os sócios montaram uma cozinha de primeira, ampliaram as instalações e aumentaram o conforto das mesas.
Pode-se, assim, usufruir com mais calma, à noite inclusive (apesar das esperas), as sugestivas ofertas deste que poderia, com certa licença, ser considerado um moderno bistrô brasileiro.
Desde o início, quando idealizado pelo casal Maria Helena e Arthur Guimarães, ele cumpriu essa função. Numa atmosfera de bistrô, incorporava pratos da cultura americana e universal (belíssimo hambúrguer, suculenta torta de galinha, brownie com sorvete) a pratos da cultura familiar brasileira: bolinho de arroz, croquete de carne, bife à milanesa com creme de espinafre. O cardápio dos pratos do dia exemplifica o partido adotado, como spaghettini com camarões grelhados; arroz com feijão, farofa, couve e pastéis; ou a nova moqueca de lagostins com beiju, do domingo.
Esses pratos e esse caminho se mantiveram. Arthur já se foi, e Maria Helena (que também foi fundadora do America) tem outros sócios (entre eles Sergio Kalil e Lygia Lopes, que também tocam com ela salão e cozinha de outra casa de sucesso, o Spot). Mas o Ritz continua um sucesso.

Cotação: $$°Avaliação:  

$ (até R$ 22); $$ (de R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim