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Weffort promete "caviar depois do feijão"
GUSTAVO AUTRAN
da Sucursal do Rio
"Primeiro vamos garantir o feijão com arroz, para depois servir o
caviar." O apelo gastronômico feito pelo ministro da Cultura, Francisco Weffort -que visitou o Rio
na sexta-feira para divulgar o projeto Cena Aberta, de incentivo a
grupos de artes cênicas-, deixou
representantes da classe artística
literalmente com água na boca.
O ministro do Trabalho, Edward
Amadeo, também participou do
encontro realizado no Palácio
Gustavo Capanema (centro), que
reuniu, entre outros, os diretores
Amir Haddad e Eduardo Tolentino.
O projeto Cena Aberta é uma
parceria entre os ministérios da
Cultura e do Trabalho, que contempla 13 companhias de dança e
teatro de todo o país. Os grupos
Galpão, Tapa, Tá na Rua, Os Fodidos Privilegiados e o Bando de
Teatro Olodum estão entre os beneficiados pelo projeto.
"O Cena Aberta tem um objetivo
social, não pretende ficar restrito
às companhias consagradas. A intenção é estender esse incentivo
para grupos de baixa renda", explicou o ministro Weffort.
Os recursos para viabilizar o programa são do Ministério do Trabalho. Cada companhia recebeu uma
verba de R$ 191 mil para a montagem de espetáculos.
A integração dos dois ministérios contribui, segundo Weffort,
para dar um novo foco nos debates
sobre os projetos culturais desenvolvidos pelo governo.
"É preciso acabar com essa imagem do artista com pires na mão,
em busca de patrocínio. Investir
em cultura é fundamental para gerar empregos", disse Weffort.
O ministro Edward Amadeo disse que o objetivo do governo é
criar um programa de qualificação
complementar, que atinja não só
os artistas, mas também os profissionais da parte técnica.
Amir Haddad chamou a atenção
para a necessidade de o governo
dar continuidade ao projeto. "São
anos sem alimentação. Se voltarmos para o soro logo depois do
primeiro prato de comida, a situação vai se complicar", observou.
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