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POPLOAD
Cinco frases de 2003
LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA
A Popload, em sua versão na
internet (Folha Online), foi
porta-voz dos principais personagens que tiveram importância no
2003 pop, cada um de sua forma.
Das muitas entrevistas publicadas
na coluna, aí vão algumas das frases ditas que ajudam a compor o
ano em que o Radiohead soltou
mais um álbum para ouvintes de
outro mundo, o White Stripes
veio para o Brasil, os rapazes dos
Strokes lançaram seu segundo álbum, o rock casou com a música
eletrônica...
* Phil Selway, baterista do Radiohead, "definindo" o som da
banda, na época do lançamento
de "Hail to the Thief".
"Bem, nós vivemos juntos como uma banda desde 1985. Inevitavelmente, até como um meio de
sobreviver e de nos suportarmos,
atravessamos diversas fases distintas. Somos muito felizes em
sempre encontrar novos meios de
trabalhar, de acordo com o que o
pop nos oferece em determinado
tempo e espaço. O que não quer
dizer que renegamos o barulho
que fizemos com "Creep" ou a histeria eletrônica que colocamos em
"Paranoid Android" sete anos depois, por exemplo. Nosso desafio
é fazer músicas que não fiquem
datadas."
* Fabrizio Moretti, baterista
dos Strokes, sobre a chance de a
banda tocar no Brasil em 2004.
"Nós temos que fazer primeiro
essas turnês que arranjam para a
gente em mercados como o americano e o europeu. Mas definitivamente vamos tocar no Brasil
em 2004. Vou fazer isso acontecer, nem que seja para irmos em
um período de nossas folgas."
* Jack White, guitarrista e dono
do White Stripes, sobre as remixagens que "Seven Nation Army",
um dos principais hits de 2003,
ganhou de gente da música eletrônica, que "adotou" a música.
"Mostraram-me uma, que o DJ
[britânico] Adam Freeland fez.
Achei muito boa. Gosto dessa
apropriação de minha música por
uma outra pessoa, mas não deixo
de achar engraçado saber que
uma canção minha possa virar
música eletrônica."
* Erol Alkan, o DJ inglês de rock
tratado como príncipe no mundo
da música eletrônica, principalmente porque foi um dos primeiros a sacar que o negócio era misturar os estilos.
"Eu penso o básico. Uma música ideal na pista de dança hoje é
aquela boa para dançar. Simples
assim. Eu gosto muito de tocar
rock, dance music e algum eletrônico. E aí você pega as mais legais
desse gênero, que são boas para
dançar, e você ganha a pista. Hoje,
desde que a música seja boa, existe uma maior tolerância do público de pista seja qual for o estilo da
canção. Além do quê, é possível
tocar uma do New Order, seguida
de Chemical Brothers, seguida de
White Stripes, seguida de electro.
Hoje isso faz sentido."
* Matthew Followill, 18 anos, da
banda de country-rock americana Kings of Leon. Ele fala da fama
rápida que os tirou da garagem do
Tennessee e botou nos clubes
mais badalados em Londres.
"Em um show nosso recente a
gente conheceu aquela supermodelo Kate Moss, a filha do Keith
Richards e a do Paul McCartney
(a estilista Stella McCartney). Elas
vieram conversar conosco nos
bastidores. Queriam levar a gente
para beber em um clube, mas naquele dia não deu. Bebemos no
camarim mesmo."
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