São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2004

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POPLOAD

Cinco frases de 2003

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

A Popload, em sua versão na internet (Folha Online), foi porta-voz dos principais personagens que tiveram importância no 2003 pop, cada um de sua forma. Das muitas entrevistas publicadas na coluna, aí vão algumas das frases ditas que ajudam a compor o ano em que o Radiohead soltou mais um álbum para ouvintes de outro mundo, o White Stripes veio para o Brasil, os rapazes dos Strokes lançaram seu segundo álbum, o rock casou com a música eletrônica...

* Phil Selway, baterista do Radiohead, "definindo" o som da banda, na época do lançamento de "Hail to the Thief".
"Bem, nós vivemos juntos como uma banda desde 1985. Inevitavelmente, até como um meio de sobreviver e de nos suportarmos, atravessamos diversas fases distintas. Somos muito felizes em sempre encontrar novos meios de trabalhar, de acordo com o que o pop nos oferece em determinado tempo e espaço. O que não quer dizer que renegamos o barulho que fizemos com "Creep" ou a histeria eletrônica que colocamos em "Paranoid Android" sete anos depois, por exemplo. Nosso desafio é fazer músicas que não fiquem datadas."

* Fabrizio Moretti, baterista dos Strokes, sobre a chance de a banda tocar no Brasil em 2004.
"Nós temos que fazer primeiro essas turnês que arranjam para a gente em mercados como o americano e o europeu. Mas definitivamente vamos tocar no Brasil em 2004. Vou fazer isso acontecer, nem que seja para irmos em um período de nossas folgas."

* Jack White, guitarrista e dono do White Stripes, sobre as remixagens que "Seven Nation Army", um dos principais hits de 2003, ganhou de gente da música eletrônica, que "adotou" a música.
"Mostraram-me uma, que o DJ [britânico] Adam Freeland fez. Achei muito boa. Gosto dessa apropriação de minha música por uma outra pessoa, mas não deixo de achar engraçado saber que uma canção minha possa virar música eletrônica."

* Erol Alkan, o DJ inglês de rock tratado como príncipe no mundo da música eletrônica, principalmente porque foi um dos primeiros a sacar que o negócio era misturar os estilos.
"Eu penso o básico. Uma música ideal na pista de dança hoje é aquela boa para dançar. Simples assim. Eu gosto muito de tocar rock, dance music e algum eletrônico. E aí você pega as mais legais desse gênero, que são boas para dançar, e você ganha a pista. Hoje, desde que a música seja boa, existe uma maior tolerância do público de pista seja qual for o estilo da canção. Além do quê, é possível tocar uma do New Order, seguida de Chemical Brothers, seguida de White Stripes, seguida de electro. Hoje isso faz sentido."

* Matthew Followill, 18 anos, da banda de country-rock americana Kings of Leon. Ele fala da fama rápida que os tirou da garagem do Tennessee e botou nos clubes mais badalados em Londres.
"Em um show nosso recente a gente conheceu aquela supermodelo Kate Moss, a filha do Keith Richards e a do Paul McCartney (a estilista Stella McCartney). Elas vieram conversar conosco nos bastidores. Queriam levar a gente para beber em um clube, mas naquele dia não deu. Bebemos no camarim mesmo."



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