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Instituição cria projeto baseado em Paulo Freire
DO ENVIADO AO RIO
Dentre as ações que pretende
implantar na Casa Daros, a que
mais empolga o curador Eugenio Valdés Figueroa é a do setor
de arte e educação. "Aqui, não
vamos ter visitas guiadas, mas
sim visitas artísticas; não vamos ter arte-educador, mas sim
artista-educador", conta.
Desde agosto, um grupo de
24 jovens artistas já tem participado de uma série de oficinas
em um dos barracões ao lado da
nova sede, com palestras de artistas como Cildo Meireles, Rosângela Rennó e Luis Camnitzer. "Buscamos estimular a jovem geração carioca, refletindo
sobre novas práticas artísticas,
entre elas da própria arte-educação", diz Figueroa. Para ele,
"isso é o resgate de uma tradição brasileira de repensar a comunicação da arte, como em
todas as experiências de Lygia
Clark ou Hélio Oiticica".
O método utilizado por Figueroa é a proposta do educador brasileiro Paulo Freire
(1921-1997). "Ele dizia que a
educação é um processo inconclusivo de comunicação horizontal, e como a arte contemporânea vive na tensão entre
um objeto concluso e um objeto inconcluso, a concepção dele
é totalmente adequada ao nosso projeto", diz a gerente-geral
da Daros-Latinamerica no Rio,
Isabella Rosado Nunes.
(FCY)
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