São Paulo, quarta-feira, 02 de janeiro de 2008

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Crítica

Filme dialoga com a tradição e a atualidade

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É inegável o valor do cinema novo, momento áureo da cinematografia brasileira. É dele que temos o nosso maior filme, "Terra em Transe", de Glauber Rocha, um dos dois gênios de nossa história (o outro é Rogério Sganzerla, claro). Mas o culto que se criou em torno do cinema novo parece menos situá-lo e analisá-lo em suas complexidades e mais fazer dele um selo, quase um adjetivo.
Entre bons e péssimos diálogos com essa tradição, houve grandes injustiças, como a de pôr em segundo plano o cinema marginal e seus estetas, Sganzerla, Ozualdo Candeias, Andrea Tonacci etc. Ou, recentemente, alvejar obras que passaram ao largo do movimento, como "Cidade de Deus".
"Cinema, Aspirinas e Urubus" (Canal Brasil, 22h) merece toda atenção, no diálogo bem sucedido que faz tanto com a tradição dos anos 60 como com seu tempo, o século 21 -visto na fotografia de luz estourada meio "Vidas Secas" com câmera e fluidez avizinhadas ao contemporâneo Pablo Trapero, por exemplo.


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