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Crítica
"Borat" é mais um êxito de marketing
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Anteontem foi comentado,
neste espaço, sobre a comédia
americana dos anos 80. Eram
tempos de grande ousadia,
quando John Landis quebrava
as regras com releituras corrosivas, como a do conto "O Príncipe e o Mendigo" no excelente
"Trocando as Bolas".
Os tempos passaram, Landis
saiu injustamente de cena. Por
sorte, ainda nos anos 90, os irmãos Farrelly entraram em
ação com um humor que põe
em discussão a hipocrisia do
"politicamente correto".
Há Judd Apatow, agora, dirigindo preciosidades como "O
Virgem de 40 Anos" e produzindo primores como "Segurando as Pontas". E os Farrelly
ainda aí, fazendo um de seus
melhores longas, "Antes Só do
que Mal Casado" (que o Telecine Premium exibirá em breve).
Diante desse quadro, mesmo
divertidíssimo, "Borat" (TC
Light, 22h, não indicado a menores de 16 anos) parece apenas um êxito de marketing do
comediante Sacha Baron Cohen, com seu olhar limítrofe e
imediatista sobre as coisas que
o cercam.
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