São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2009

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Crítica

"Borat" é mais um êxito de marketing

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Anteontem foi comentado, neste espaço, sobre a comédia americana dos anos 80. Eram tempos de grande ousadia, quando John Landis quebrava as regras com releituras corrosivas, como a do conto "O Príncipe e o Mendigo" no excelente "Trocando as Bolas".
Os tempos passaram, Landis saiu injustamente de cena. Por sorte, ainda nos anos 90, os irmãos Farrelly entraram em ação com um humor que põe em discussão a hipocrisia do "politicamente correto".
Há Judd Apatow, agora, dirigindo preciosidades como "O Virgem de 40 Anos" e produzindo primores como "Segurando as Pontas". E os Farrelly ainda aí, fazendo um de seus melhores longas, "Antes Só do que Mal Casado" (que o Telecine Premium exibirá em breve).
Diante desse quadro, mesmo divertidíssimo, "Borat" (TC Light, 22h, não indicado a menores de 16 anos) parece apenas um êxito de marketing do comediante Sacha Baron Cohen, com seu olhar limítrofe e imediatista sobre as coisas que o cercam.


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