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Acordo prevê vigilância antivandalismo
da Sucursal do Rio
Enquanto não se descobre uma
solução para o problema de deterioração dos profetas feitos em
pedra-sabão por Aleijadinho, algumas medidas estão sendo tomadas para ao menos melhorar a
segurança da área onde estão as
esculturas.
O largo onde ficam a igreja e as
seis capelas representando os passos da Paixão de Cristo, em Congonhas do Campo, Minas Gerais,
tem iluminação precária.
O esquema de segurança se resume a apenas dois guardas que
se revezam -um durante o dia e
o outro à noite.
As capelas, onde estão expostas
64 esculturas em madeira -feitas
pelo mestre do barroco mineiro
Antônio "Aleijadinho" Francisco
Lisboa, no século 18- contando
a história da paixão de Cristo, são
protegidas por frágeis portas de
madeira. Não há qualquer sistema de alarme.
Convênio
Um convênio assinado semana
passada entre a Prefeitura, a Fundação CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e o Iepha (Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico
e Artístico) vai tentar melhorar
um pouco a situação.
Por intermédio do convênio, a
Fundação CSN vai investir R$ 300
mil na instalação de seis câmeras
de vídeo que irão monitorar o
adro da igreja, onde ficam os profetas.
Além disso, as capelas ganharão
sensores de impacto nas portas
-ou seja, caso haja alguma tentativa de arrombamento, alarmes
dispararão.
Também serão instalados alarmes contra incêndio.
Uma nova iluminação para toda a área também está prevista,
assim como a execução de um
projeto paisagístico elaborado
por Burle Marx há 30 anos e nunca realizado.
Macroorganismos
"Já que não sabemos como lidar com os microorganismos que
atingem as esculturas, vamos pelo
menos dificultar o "trabalho" dos
macroorganismos", diz Juliana
Corrêa, coordenadora do Projeto
Aleijadinho.
Por "macroorganismos", explica Corrêa, entenda-se a ação dos
vândalos que insistem em deixar
sua marca nas obras barrocas.
"As câmeras, luzes e alarmes vão
inibir um pouco os vândalos",
diz.
A intenção inicial da Fundação
CSN era tentar recuperar as estátuas, mas as dificuldades técnicas
e as divergências sobre o que fazer
levaram a instituição a mudar
seus planos e a optar pela implantação de um projeto de segurança
e iluminação até que uma decisão
seja tomada.
(CG)
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