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Documentário
Entrevistas com Amado salvam tributo
DA REPORTAGEM LOCAL
"O grande segredo é a sua incrível capacidade de criar seres
humanos. Ele não cria personagens." Assim o ator Mauro
Mendonça define Jorge Amado, em documentário que estréia amanhã no Canal Brasil.
O tributo ao escritor começou a ser filmado nos anos 80,
mas a morte do diretor do projeto, Ruy Santos, em 1989, deixou os negativos engavetados
por mais de dez anos.
A atriz Rossana Ghessa foi a
responsável pela retomada do
documentário, que tem problemas de imagem, som, ritmo e
edição, e é em boa parte apoiado em narração em off.
Apesar disso, "Jorge Amado
-0O Menino Grapiúna", mesmo título do livro de memórias
que ele publicou em 1981, vale
pelo extenso arquivo de entrevistas com o autor, morto em
2001, além de imagens suas na
máquina de escrever, com a família, autografando livros e andando pelas ruas de Salvador.
Amado comenta sua infância
e adolescência, e diz que a "fuga
do colégio" e a "travessia do
sertão baiano foi o que permitiu essa intimidade com a vida
popular baiana, que é, creio, a
carne e o sangue da obra de romancista que vim a construir".
Entrevistados ilustres também ajudam a manter o interesse -entre eles, Oscar Niemeyer, Rachel de Queiroz e
Nelson Pereira dos Santos.
(CRISTINA FIBE)
JORGE AMADO - O MENINO GRAPIÚNA
Quando: amanhã, às 18h30
Onde: Canal Brasil
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