Em "Castle", que estreia amanhã no Brasil, autor vira parceiro da polícia

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Imagine Dan Brown como investigador de polícia. Só nos Estados Unidos mesmo. A série "Castle", que estreia amanhã no AXN, é assim. O nome é de Richard Castle (vivido por Nathan Fillion), um best-seller nova-iorquino que, no meio de uma crise criativa, mata o personagem que lhe rendeu seus milhões de dólares. Ele não liga. Prefere a emoção, mesmo que venha com um bloqueio para escrever.
Mas parece que a sorte está virada para ele. Um serial killer começa a matar, copiando os crimes dos seus livros. Castle vê aí uma chance de pintar uma nova boa ideia para escrever.
Quem não acha graça é a bela detetive que vai ser acompanhada pelo inconsequente autor por toda a parte. Pior fica a situação quando o prefeito -fã de Castle- libera a delegacia como playground para esse "consultor". E, imaginando os crimes como tramas literárias, vai dar boas dicas para as investigações -OK, nem sempre.
Embora com essa premissa meio duvidosa, o seriado tem suas qualidades, que resistem principalmente na tensão entre a policial e o charmoso escritor. Mas que não fiquem dúvidas: ele é um crianção.
Dinheiro chama dinheiro, parece dizer. E sua nova "criação" é uma detetive bonitona que prende o malvado. A arte imita a vida que imita a arte.