São Paulo, quinta-feira, 02 de março de 2000


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RELÂMPAGOS
Toalha branca

JOÃO GILBERTO NOLL

Fazia um esforço diário para nada. Se ao menos soubesse o nome desse esforço, sua direção, destino. E cansava, isso sim acontecia com todas as letras. Havia uma toalha branca à sua espera. Ao fim do dia ele chegava, nem lembrava de onde. Aí secava o suor. Qual um trapezista de novo no chão. A comparação lhe vinha como um rumor envenenado. Coisas do ofício. "Que ofício?", perguntou-se agitado. E a parda solução da dúvida como que se moveu, ali... Mas logo encolheu-se avara. Então cheirou a toalha. Dela veio o antigo odor hipnótico, soporífero... e, dessa vez, letal.


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