São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005

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ERUDITO

Jazz Sinfônica toca com Maria Rita e Daniela Mercury; Banda Sinfônica apresenta sete programas em duas récitas

Jazz Sinfônica terá Maria Rita e Daniela Mercury

DA REPORTAGEM LOCAL

A Banda Sinfônica do Estado e a Jazz Sinfônica, dois conjuntos mantidos pelo governo do Estado, começam a vender nesta semana as assinaturas para suas temporadas de 2005.
A banda, que estará pelo segundo ano sob regência de Abel Rocha, terá seu primeiro concerto em 6 de abril, com a cantata profana "Carmina Burana", do compositor alemão Carl Orff (1895-1982). Outra récita da cantata ocorre dois dias depois. As duas apresentações serão excepcionalmente na Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nš, SP, tel. 0/ xx/11/ 3337-5414), capaz de abrigar os instrumentistas, o Coral Lírico Paulistano e, como solistas, os cantores líricos Adélia Issa, Sebastião Câmara e Sebastião Teixeira.
A Jazz Sinfônica, que tem a direção artística de Marcelo Jaffé, fará suas duas primeiras récitas de assinatura nos dias 6 e 7 de abril. A orquestra trará como convidada a cantora Maria Rita, e as apresentações -como ocorre regularmente também com a Banda Sinfônica- serão no teatro Sérgio Cardoso. A Jazz Sinfônica retomará este ano, no entanto, apresentações aos sábados a preços populares (R$ 4 e R$ 2), no Memorial da América Latina.
Os dois últimos concertos de sua temporada trarão a cantora Daniela Mercury. Serão em 23 e 24 de novembro.
A assinatura para os sete espetáculos da Jazz Sinfônica custa R$ 120; para a Banda Sinfônica do Estado, também com sete espetáculos, sai por R$ 104. As assinaturas podem ser feitas no Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 171, SP) ou pelo telefone 0/xx/11/3262-0137.
Abel Rocha diz que a principal novidade da programação da Banda Sinfônica está na apresentação de cada um dos sete programas em duas récitas, o que multiplica as opções do público e impede a repetição do inconveniente ocorrido em novembro último, quando para "Orfeu", ópera de Cláudio Monteverdi, os ingressos foram insuficientes para o número de interessados.
O programa que terá três récitas em lugar de duas será justamente o da única ópera que a banda montará. Trata-se da comédia "Il Campanello di Notte", de Gaetano Donizetti (1797-1848), em que a principal solista será a soprano Rosana Lamosa. Hugo Possolo assina a direção cênica.
Rocha é um detalhista. A banda em suas mãos adquiriu um padrão ainda inédito, com sutilezas de fraseado e dinâmica só existentes nas grandes orquestras.
Entre os espetáculos deste ano haverá um "Bach na Banda", regido por João Carlos Martins e que trará peças para instrumentos de sopro do compositor barroco alemão, um programa com composições e regência de Wagner Tiso, um "Gonzaga Sinfônico", com arranjos para madeiras e metais de composições de Luiz Gonzaga, ou ainda um concerto em que o solista será o violoncelista Antônio Lauro Del Claro, e a regência, de Carlos Moreno, titular da Orquestra Sinfônica da USP.
Quanto à Jazz Sinfônica, haverá um primeiro espetáculo, antes do início da temporada de assinaturas, em 23 de março, com o músico brasileiro Raul de Souza. A temporada trará em agosto um espetáculo com peças do aglomerado norte-americano Jazz Composers Collective e também fará um concerto, em setembro, com Ithamara Koorax, brasileira radicada nos Estados Unidos e elogiada pela revista "Down Beat".
Por fim, dois programas serão definidos por curadorias. O primeiro, em junho, terá como curador Zuza Homem de Mello, e o segundo, em outubro, o músico José Miguel Wisnik e o articulista da Folha Arthur Nestrovski.
(JOÃO BATISTA NATALI)


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