São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

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Daniel Castro - dcastro@folhasp.com.br

Atriz faz "universidade" para viver Maysa em minissérie da Globo

Renato Rocha Miranda/TV Globo
Eu me preparei durante anos para esse trabalho. Na hora de dirigir, vou saber separar o diretor do filho da Maysa, mas sou humano, as emoções podem aflorar


JAYME MONJARDIM
diretor de núcleo da Globo




Escolhida entre dezenas para interpretar a cantora e compositora Maysa (1936-1977), a atriz gaúcha Larissa Maciel, 30, mergulhou há 20 dias em um processo que a Globo está chamando de "universidade Maysa". Só sai de lá em 10 de julho, quando começam as gravações da próxima minissérie da rede, prevista para estrear em 6 de janeiro de 2009, com nove capítulos escritos por Manoel Carlos e dirigidos por Jayme Monjardim, 52, único filho da musa da "música de fossa".
"Larissa passa de oito a dez horas por dia na "universidade" Maysa, fazendo trabalho de corpo, de voz e psicológico. Ela assiste a filmes, vídeos, tem aulas de violão e canto. À medida que vai evoluindo, faz novos trabalhos", conta Monjardim, dono de um acervo gigantesco (de fotos e reportagens às mais íntimas páginas de diários) sobre Maysa, que ele mesmo catalogou ao longo de dez anos.
A idéia é que Larissa, após se "diplomar", fale, cante, respire e segure o cigarro como Maysa fazia. Parecida ela já é.
Monjardim, no entanto, diz que não está preocupado em recriar Maysa, mas em capturar a "alma de uma pessoa que estava à frente de seu tempo". O diretor afirma que os vários meses de preparação para as gravações podem parecer muito para TV, mas não são. "Se eu não fosse parente da Maysa, esse tempo seria excepcional. Mas para mim não é tanto."
O diretor conta que precisou amadurecer para realizar o projeto. "Eu me preparei durante anos para esse trabalho. Há dez anos, não conseguiria fazê-lo. Na hora de dirigir, vou saber separar o diretor do filho, mas sou humano, as emoções podem aflorar", afirma. Para Monjardim, será "novidade" dirigir atores que o interpretarão. "Não pensei nisso ainda."
A minissérie é um projeto antigo, revela: "Meu primeiro filme e programa de TV [na Band] foram sobre Maysa. Descobri que queria ser diretor fazendo homenagem a ela".

A SÓSIA DO BRASIL

Rafael Hupset/Folha Imagem
O tradicional bloco dos bonecos de Olinda desfila pela cidade


Durante anos, a atriz Fernanda de Freitas, 28, foi chamada de "a sósia da Deborah Secco". Seu mais novo trabalho, um especial sobre a banda Mamonas Assassinas que a Globo exibe no final de março, poderá lhe render o apelido de "sósia de Valéria Zopello", a namorada do vocalista Dinho, que ela interpretará. "A gente é bem parecida, tem a mesma estatura. Só foi estranho fazer uma personagem que existe e está viva", diz. Ela assume que era fã dos Mamonas: "Tenho CD até hoje".

DUBLÊ
Muita gente que viu um anúncio da L'Oréal durante as transmissões do Oscar, domingo passado, pensou que a apresentadora Angélica foi dublada por uma outra mulher. Não foi. A voz é da própria Angélica, que teve, sim, que dublar a si mesma, por uma exigência da indústria de cosméticos.

VIAGEM
O diretor Ignácio Coqueiro embarcará para a Itália para levantar locações para as gravações de "Vendetta", substituta de "Caminhos do Coração", na Record. As primeiras seqüências da trama se passam em Palermo. Lá, a mulher e as filhas de um mafioso morrem em atentado.

Pergunta indiscreta

FOLHA - Em um teste de conhecimentos gerais, um "brother" disse que Boa Vista é a capital do Acre. Na semana passada, uma "sister" se complicou toda tentando conjugar o verbo trazer. Existe um limite de Q.I. para poder participar de "Big Brother Brasil"? Qual?
J.B. DE OLIVEIRA, O BONINHO (diretor-geral de "BBB")
- Tem sim. Um participante tem que ter pelo menos o Tico e o Teco. Ou seja, nada muito difícil. Até porque, estando preso na casa, ele não precisa saber onde fica Boa Vista. E, como não pode pedir nada, o verbo trazer é insignificante.


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