São Paulo, segunda, 2 de março de 1998

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Documentário não conclui nada

especial para a Folha

Dizem às más-línguas que a atriz e vocalista Courtney Love foi quem realmente matou seu marido Kurt Cobain. O corpo do vocalista do Nirvana foi encontrado com 1,52 mg de heroína por litro de sangue e um tiro na cabeça em sua casa em Seattle, há quatro anos.
O documentário "Kurt e Courtney" foi feito pelo polêmico diretor britânico Nick Broomfield para analisar a possível verdade por trás das especulações dos fãs. Antes, ele havia retratado na tela a cafetã Heidi Fleiss, conhecida como "a madame de Hollywood", e a assassina em série Aileen Wuornos.
Sua intenção em expor o mistério da década, no entanto, fica apenas na intenção. Ele vaga por Seattle e Aberdeen, coleta depoimentos e a mesma interrogação paira no ar. Kurt foi assassinado?
Impedido por Courtney de utilizar músicas do Nirvana e do grupo dela, o Hole, Broomfield opta por colocar na trilha sonora trechos de composições de amigos de Kurt que jamais fizeram sucesso.
Um ex-namorado de Courtney revela como há dez anos ela era obcecada pelo sucesso. O pai dela não economiza críticas. Mas a linha que divide fantasia e realidade, especulações e verdades em "Kurt e Courtney" é a da heroína na veia de alguns entrevistados.
O músico El Duce, que afirma ter sido contactado por Love para matar Kurt, sumariza o tom das pessoas que o cercavam. "US$ 50 mil é muita grana e eu devia ter aceitado", lamenta ele. "US$ 50 mil compram muitas palavras, mas se você me comprar uma cerveja eu falo ainda mais". (AG)



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