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Região pode passar por revitalização
DA REPORTAGEM LOCAL
A reforma e reinauguração do
Belas Artes pode ser o ponto zero
de uma desejada e bem-vinda revitalização de uma região da cidade -a esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação-
que foi nobre e muito freqüentada
até meados da década passada.
"Estamos dando o pontapé inicial para a revitalização do acesso
subterrâneo das duas margens da
Consolação, do bar Riviera, enfim, de todo esse pedaço", sonha
o arquiteto Roberto Loeb, citando
dois pontos importantes da área. "Queremos ver voltar à ativa os cinco,
seis restaurantes que existiram."
Seu desejo tem um pé na realidade. No começo deste ano, Marta Suplicy sancionou um projeto
de lei do vereador e arquiteto Nabil Bonduki, do mesmo partido
da prefeita (PT), que pode ser o
arcabouço legal da revitalização.
Pela nova lei, que ainda precisa
ser regulamentada, os cinemas de
rua e de galeria ganham isenção
parcial do pagamento do ISS e total do IPTU, ambos tributos municipais. "A idéia é beneficiar não
só o cinema como o seu entorno",
disse à Folha Bonduki.
A contrapartida da sala é exibir
longas nacionais durante dez dias
a mais do que o exigido pela legislação federal, destinar 110% do
valor da isenção em ingressos a
alunos de escolas públicas, jovens,
idosos e beneficiários de programas da prefeitura e promover atividades educativas relacionadas a
obras cinematográficas.
Outras âncoras
As âncoras da revitalização são
o Belas Artes, sua vizinha, a livraria Belas Artes, que mudou de
mãos e foi reformada no ano passado, o venerando Sujinho - Bisteca d'Ouro, também conhecido
como "Bar das Putas", que ganhou roupa nova e agora lembra
barzinhos da Vila Madalena, a
tradicional pizzaria Micheluccio,
recém-repaginada, e o hotel Formule 1, da rede Accor, inaugurado também no ano passado e localizado a metros do cinema.
O HSBC Belas Artes, aliás, fez
acordo de estacionamento com o
hotel, na Consolação, e com o terreno ao lado da livraria, na Paulista, tentando sanar uma velha reclamação dos freqüentadores das
velhas salas, de falta de lugar seguro para parar o carro, que muitos
urbanistas acreditam ter sido a fagulha que levou à migração dos
espectadores para os shoppings.
(SD)
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