São Paulo, quarta-feira, 02 de maio de 2007

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Crítica

Melancolia ilumina "Cidade dos Desiludidos"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É possível que "A Cidade dos Desiludidos" (Turner Classic Movies, 20h05) não seja tão bom quanto "Assim Estava Escrito", de 1952 -dez anos antes. Mas Hollywood também não era a mesma.
Em 1952, Vincente Minnelli falava de um modo de produção no apogeu (ainda que já tivesse começado sua decadência). Em "A Cidade dos Desiludidos", temos um mundo envelhecido. E Hollywood já nem é mais Hollywood: é Cinecittà, onde passam a ir filmar com freqüência os americanos, em busca de menores custos -se estou bem lembrado.
Ali, Kirk Douglas é um ator com a carreira empacada e um problema afetivo tamanho-família, em vista da separação. Um diretor, Edward G. Robinson, o convida para filmar em Roma. Só que a filmagem é uma bagunça deprimente e, para completar, lá estará ninguém menos que sua ex (Cyd Charisse).
Filme melancólico, "A Cidade" é também um lindo documento sobre o crepúsculo do cinema clássico.


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