São Paulo, sábado, 02 de maio de 2009

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Novo Fashion Rio anuncia suas 30 grifes

A partir da próxima temporada, evento carioca passa a ser controlado pela mesma empresa que faz a SPFW

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA

Acabou o suspense. Apenas 30 grifes vão participar da temporada do verão 2009/10 do Fashion Rio, na nova etapa do evento carioca, cuja coordenação passou há três semanas para a empresa Luminosidade e o grupo Inbrands, os mesmos da São Paulo Fashion Week.
O número de grifes (veja lista ao lado) é inferior ao das últimas edições da semana carioca, que teve 41 marcas no verão 2008/09 e 34 no inverno 2009. O corte foi feito por Paulo Borges, diretor da Luminosidade, após consultas a jornalistas cariocas e à Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).
Borges diz que o critério de seleção foi a relevância comercial e empresarial das marcas, a sua constância de apresentação nas últimas temporadas e a capacidade estrutural do Fashion Rio para realizar os desfiles.
O Fashion Rio começa no dia 5 de junho, com uma festa para convidados. Os desfiles serão entre 6 e 10, em três salas numa nova locação, o Pier Mauá, onde também acontece a feira de negócios Fashion Business.
Novos cortes de marcas podem ocorrer, nas próximas edições. "Vamos alinhar os dois eventos, e as marcas do Fashion Rio terão exigências iguais às da SPFW, no sentido de lapidarem seu produto de moda. Quando colocarmos exigências maiores, no futuro, talvez algumas não consigam se sustentar no evento", diz Borges. Ele cogita ainda transferir as grifes de moda praia que desfilam na SPFW para o Fashion Rio.
Entre as grifes que deixaram o Fashion Rio estão Complexo B, Elisa Chanan e Ivan Aguilar, entre outras. "Deixar de desfilar não colabora, mas também não prejudica", diz Beto Neves, dono da Complexo B, que desfila desde o início do evento. "Me disseram que a Firjan não poderia patrocinar o desfile, mas como vou conseguir patrocinador em um mês?" Para seu último desfile, a Complexo B recebeu uma verba de R$ 50 mil.
O estilista Ivan Aguilar, sediado em Vitória (ES), não havia sido comunicado do corte de sua marca, quando a Folha o entrevistou. "Sério? Isso me deixa muito triste", disse. Ele está com a coleção praticamente pronta. Gastou R$ 85 mil e já tinha dois patrocínios, no total de R$ 60 mil, para o desfile. "Estou num processo de evolução, e este corte não vai me levar a desistir dele. Farei um desfile menor em São Paulo, para uma plateia seleta."


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