|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Novo Fashion Rio anuncia suas 30 grifes
A partir da próxima temporada, evento carioca passa a ser controlado pela mesma empresa que faz a SPFW
ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA
Acabou o suspense. Apenas
30 grifes vão participar da temporada do verão 2009/10 do
Fashion Rio, na nova etapa do
evento carioca, cuja coordenação passou há três semanas para a empresa Luminosidade e o
grupo Inbrands, os mesmos da
São Paulo Fashion Week.
O número de grifes (veja lista
ao lado) é inferior ao das últimas edições da semana carioca,
que teve 41 marcas no verão
2008/09 e 34 no inverno 2009.
O corte foi feito por Paulo Borges, diretor da Luminosidade,
após consultas a jornalistas cariocas e à Firjan (Federação das
Indústrias do Rio de Janeiro).
Borges diz que o critério de
seleção foi a relevância comercial e empresarial das marcas, a
sua constância de apresentação
nas últimas temporadas e a capacidade estrutural do Fashion
Rio para realizar os desfiles.
O Fashion Rio começa no dia
5 de junho, com uma festa para
convidados. Os desfiles serão
entre 6 e 10, em três salas numa
nova locação, o Pier Mauá, onde também acontece a feira de
negócios Fashion Business.
Novos cortes de marcas podem ocorrer, nas próximas edições. "Vamos alinhar os dois
eventos, e as marcas do Fashion Rio terão exigências iguais
às da SPFW, no sentido de lapidarem seu produto de moda.
Quando colocarmos exigências
maiores, no futuro, talvez algumas não consigam se sustentar
no evento", diz Borges. Ele cogita ainda transferir as grifes de
moda praia que desfilam na
SPFW para o Fashion Rio.
Entre as grifes que deixaram
o Fashion Rio estão Complexo
B, Elisa Chanan e Ivan Aguilar,
entre outras. "Deixar de desfilar não colabora, mas também
não prejudica", diz Beto Neves,
dono da Complexo B, que desfila desde o início do evento. "Me
disseram que a Firjan não poderia patrocinar o desfile, mas
como vou conseguir patrocinador em um mês?" Para seu último desfile, a Complexo B recebeu uma verba de R$ 50 mil.
O estilista Ivan Aguilar, sediado em Vitória (ES), não havia sido comunicado do corte
de sua marca, quando a Folha o
entrevistou. "Sério? Isso me
deixa muito triste", disse. Ele
está com a coleção praticamente pronta. Gastou R$ 85 mil e já
tinha dois patrocínios, no total
de R$ 60 mil, para o desfile.
"Estou num processo de evolução, e este corte não vai me levar a desistir dele. Farei um
desfile menor em São Paulo,
para uma plateia seleta."
Texto Anterior: Resumo das novelas Próximo Texto: Antonio Cicero: Foucault e o fundacionismo Índice
|