|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"LOS CONJURADOS..."
Literatura do escritor tem forte influência do realismo mágico latino-americano
História paraguaia é tema preferido de Bastos
DA REPORTAGEM LOCAL
Augusto Roa Bastos é o principal escritor paraguaio e um dos
mais importantes da literatura latino-americana, tendo recebido,
em 1989, o Prêmio Cervantes -o
mais célebre da língua espanhola.
Praticamente desconhecido no
Brasil, Roa Bastos tem na história
de seu país seu tema preferido.
Nas páginas de seus romances, o
escritor busca retratar as consequências sociais dos governos autoritários que comandaram o Paraguai nos séculos 19 e 20.
Sua principal obra é "Eu, o Supremo", que tem como protagonista um ditador inspirado em José Gaspar de Francia, que governou o Paraguai de 1814 a 1840.
Roa Bastos nasceu em Iturbe, interior do país, e começou cedo na
prosa e na poesia. Mais tarde, dedicou-se também a roteiros cinematográficos e ensaios políticos.
O escritor participou da guerra
do Chaco (1932-1935), como assistente de enfermaria. Mas, em
1947, fugindo do regime autoritário do general Higinio Morínigo,
deixou o país com destino à Argentina. Como esta também se
viu governada por um sistema autoritário, nos anos 70, Roa Bastos
foi viver na Europa, onde lecionou na França e na Espanha.
A literatura de Roa Bastos tem
forte influência do realismo mágico latino-americano, que aplica a
seus romances históricos.
"Eu, o Supremo" é a terceira
parte de uma trilogia iniciada em
1960, com "Hijo de Hombre", e
que terminaria nos anos 90 ("El
Fiscal").
Voltou ao Paraguai com o fim
do governo de Alfredo Stroessner
(1954-1989) e o retorno da democracia no país, coincidentemente
no mesmo ano em que ganhou o
Prêmio Cervantes. Seu livro mais
recente lançado no Brasil foi
"Contravida".
(SYLVIA COLOMBO)
Texto Anterior: História: Saiba mais sobre o conflito Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
|