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Crítica
Selton Mello e Eva Green justificam filmes
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Às vezes é gostoso ir ao cinema, ou ligar a TV, apenas para
ver um ator. Talvez "Meu Nome Não É Johnny" (TC Premium, 22h, 14 anos) não seja
mais que um filme "de assunto", cujo interesse central vem
do fantasma das drogas e da
culpabilidade conexa (Será que
meu filho vai ficar assim? Será
que eu o eduquei direito?).
Mas a presença de Selton
Mello compensa eventuais limitações (entre parênteses: há
uma série de atores brasileiros,
e também algumas atrizes, que
justificam um filme). Isso porque, quando for interpretar outro papel, ele também será outro, bem outro. E aqui temos
uma virtude mais rara.
Já em "Cruzada" (FX, 22h,
14 anos) impõe-se Eva Green,
filha da boa, mas não tão bela
atriz Marlène Jobert. Eva nos
aplasta primeiro pela beleza.
Depois vem o resto, que também não é de desprezar. Há,
por fim, Ken Watanabe, que
justificaria "Cartas de Iwo Jima" (HBO, 23h10, 14 anos), se
"Cartas" precisasse de mais alguma justificativa.
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