São Paulo, sábado, 02 de julho de 2005

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Livros analisam a função dos intelectuais

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma intelectual que se assume nesses termos e passa a pensar o papel de seus pares na sociedade. Esse é o ponto de partida de dois dos três livros de ensaios de Beatriz Sarlo que serão lançados durante a Flip. Também será um dos temas discutidos por ela e Roberto Schwarz, em mesa que compartilham em Parati no dia 8, às 11h45: "Um Lugar para as Idéias".
Em "Tempo Presente" (José Olympio, R$ 38, 132 págs.), publicado originalmente em 2001, na Argentina, a análise do passado devastado do país dá lugar a um intuito mais propositivo, de pensar como deve se posicionar o profissional das idéias frente a esse cenário.
A reedição de "Paisagens Imaginárias" (Edusp, R$ 36, 296 págs.), de 1997, traz ensaios da escritora relacionando arte e meios de comunicação. História, política, guerras e feminismo são temas abordados na obra.
Por fim, "A Paixão e a Exceção" (Companhia das Letras e UFMG, R$ 44, 304 págs.) destoa das anteriores. Trata-se de um texto mais autobiográfico em que Sarlo analisa o fenômeno que foi Eva Perón. Relaciona-o com contos de Borges e com os Montoneros, militantes de esquerda que seqüestraram, em 1970, o tenente-general e ex-presidente Pedro Eugenio Aramburu, que havia derrubado Perón 15 anos antes. Evita e Aramburu são as figuras de exceção que suscitam paixões, no sentido amplo da palavra.


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