São Paulo, quinta-feira, 02 de julho de 2009

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TELEVISÃO

crítica

"Galante Rei da Boca" expõe um modo de ser do cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Diz a lenda que A.P. Galante só fez um mau negócio na vida: no fim dos anos 60, quando se criou a produtora Servicine, seu sócio ofereceu entrar com a série "Vigilante Rodoviário", enquanto Galante entraria com "Trilogia do Terror".
Galante não teria aceito: seria trocar uma velha série de TV por um filme recente. O resultado é que muitos anos depois, "Vigilante" ainda passava nos cinemas do interior, enquanto a "Trilogia" estava entregue aos museus do cinema.
É provável que tenha havido outros negócios ruins. O certo é que, entre bons e maus filmes, que produziu entre o fim dos anos 60 e o começo dos 80, ele foi presença obrigatória na Boca do Lixo. O documentário "O Galante Rei da Boca" (Canal Brasil, 1h30; 14 anos) refaz o trajeto desse produtor. Mais do que isso, no entanto, é uma época e um modo de ser do cinema paulista que se revelam.


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