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TELEVISÃO
crítica
"Galante Rei da Boca" expõe um modo de ser do cinema
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Diz a lenda que A.P. Galante
só fez um mau negócio na vida:
no fim dos anos 60, quando se
criou a produtora Servicine,
seu sócio ofereceu entrar com a
série "Vigilante Rodoviário",
enquanto Galante entraria com
"Trilogia do Terror".
Galante não teria aceito: seria trocar uma velha série de
TV por um filme recente. O resultado é que muitos anos depois, "Vigilante" ainda passava
nos cinemas do interior, enquanto a "Trilogia" estava entregue aos museus do cinema.
É provável que tenha havido
outros negócios ruins. O certo é
que, entre bons e maus filmes,
que produziu entre o fim dos
anos 60 e o começo dos 80, ele
foi presença obrigatória na Boca do Lixo. O documentário "O
Galante Rei da Boca" (Canal
Brasil, 1h30; 14 anos) refaz o
trajeto desse produtor. Mais do
que isso, no entanto, é uma
época e um modo de ser do cinema paulista que se revelam.
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