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CRÍTICA DRAMA
Elia Kazan fala de si mesmo através de "O Último Magnata"
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Elia Kazan delatou alguns
colegas nos absurdos tribunais macarthistas que perseguiram comunistas nos EUA
dos anos 50.
Isso arruinou sua imagem
na história, mas não a de
seus filmes. Pelo contrário,
sua obra responderia direta
ou enviesadamente sobre essa sua postura.
"O Último Magnata" (TC
Cult, 19h45, 12 anos), que é
também sua última direção,
em 1976, fala sobre um poderoso e pragmático produtor
de cinema, Monroe Starr (Robert De Niro), bem destro em
lidar com os egos de diretores
e astros da Hollywood dos
anos 30.
Falar de cinema não é ocasional aqui. A profunda solidão de Monroe é a mesma de
Kazan, ambos arruinando
sua imagem pessoal. Mas,
em contrapartida, deram belas imagens ao mundo.
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