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TELEVISÃO
Werner Herzog ganha ciclo no Eurochannel
DA REPORTAGEM LOCAL
O alemão Werner Herzog ama
personagens mergulhados na
mais profunda solidão, seja pelo
estigma de loucura que os acompanha ou pelo isolamento a que
são submetidos pela sociedade.
Entre os tipos retratados pelo cineasta, está o vampiro que é mais
vítima de sua própria natureza do
que algoz, em "Nosferatu, o Vampiro da Noite". O jovem que passou sua infância trancafiado em
um calabouço e que de repente é
solto, em "O Enigma de Kasper
Hauser", ou o visionário que busca um local para criar um teatro
de ópera, em plena Amazônia, de
"Fitzcarraldo", filme que abre hoje, às 22h, a mostra do Eurochannel dedicada ao diretor.
Vencedor do prêmio de direção
no festival de Cannes de 82, "Fitzcarraldo" tem em seu protagonista delirante uma espécie de alter
ego de Herzog.
Para realizar o filme, rodado na
Amazônia peruana, Herzog enfrentou contratempos vários,
muitos criados por Klaus Kinski,
ator-fetiche do diretor, mas com
quem sempre viveu às turras.
Durante as filmagens, um dos
índios que faziam figuração foi vítima fatal de um acidente de canoagem, o elenco sofreu com a
temperatura da região e problemas de saúde de Jason Robards,
que protagonizaria o filme, obrigaram-no a desistir da produção.
O festival continua, sempre às
quartas, nas próximas semanas.
No dia 9, a atração é "Nosferatu",
refilmagem da obra-prima de
F.W. Murnau, com Klaus Kinski e
Isabelle Adjani. "Woyzeck", destaque do dia 16, é inspirado na peça de George Büchner e conta a
trágica história de um homem
que, traído pela mulher, resolve se
vingar. "O Enigma de Kasper
Hauser", prêmio do júri em Cannes, em 1975, vai ao ar dia 23.
O festival fecha com chave de
ouro, no dia 30, com "Aguirre, a
Cólera dos Deuses", possivelmente a obra máxima de Herzog.
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