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Coreógrafa tem orientação francesa
ESPECIAL PARA A FOLHA
A carreira de Lia Rodrigues começou em São Paulo, onde formou-se na Escola Municipal de
Bailado. Nos anos 70, ela fundou o
grupo Andança, que despontou
na cidade na época em que o teatro Galpão, de Ruth Escobar, funcionava como espaço referencial
para a dança.
Em seguida, Lia mudou-se para
a França, onde dançou na companhia da coreógrafa Maguy Marin,
de 1980 a 1982. Nesse período,
participou de "May B", carro-chefe do repertório de Marin, que
voltará a ser apresentado no Brasil em outubro, a convite de Lia,
que dirige no Rio o evento Panorama RioArte de Dança.
Desde sua volta ao Brasil, no início dos anos 80, Lia está radicada
no Rio. No início da década de 90,
quando coreografou "Gineceu",
ela retomou sua carreira, dando
origem ao grupo que mantém até
hoje. Em seus dez anos de atuação, o elenco de Lia ainda produziu "Ma", sobre as obrigações cotidianas das mães, e "Folia", baseado na literatura oral do Brasil e
na obra de Mário de Andrade.
No tratamento dramatúrgico e
na associação da dança com outras expressões, como a palavra
falada, o trabalho de Lia denotava
influências de Marin, referência
que, agora, começa a abandonar.
Em "Aquilo de Que Somos Feitos", Lia entra em sintonia com a
nova geração de criadores franceses. Na atual economia de recursos, é possível perceber traços de
Jérôme Bel. Outra ressonância está no trabalho de Xavier Le Roy,
que também subverte as formas
do corpo nu.
(AFP)
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