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Série mostra vida de mulheres longe do Brasil
"Fora de Casa" conta a história de 13 brasileiras vivendo em países como Quênia e Suécia
Programa estreia hoje no GNT e segue até novembro; primeiro episódio traz bailarina que trocou o Rio de Janeiro pela Capadócia
BRUNA BITTENCOURT
DA REPORTAGEM LOCAL
Há dois anos, a bailarina Maria Clara Sussekind deixou o
Rio de Janeiro para estudar
danças orientais em Istambul.
Mas não encontrou na cidade
um professor que lhe ensinasse
a giro sufi, uma dança religiosa
que ela tentava aprender. Seguiu então, como turista, para a
Capadócia e encontrou ali, sem
querer, o orientador que estava
procurando.
Maria Clara é a primeira retratada de "Fora de Casa", que
estreia hoje à noite no GNT.
A série -uma produção nacional que o canal por assinatura exibe até o dia 25 de novembro- registrou a vida de 13 brasileiras que vivem em 13 países
estrangeiros - da chef Célia de
Mattos (França) à médica Lúcia Aleixo (Quênia), passando
pela atleta profissional de
snowboard Isabel Clark (Chile)
e a modelo de roupas para mulheres gordinhas Flúvia Lacerda (Estados Unidos).
A cada episódio, "Fora de Casa" foca em uma dessas mulheres, no porquê de sua mudança
para um país estrangeiro e em
sua rotina longe do país.
Na Capadócia, o programa
acompanha Maria Clara andando a cavalo, passeando de
balão entre montanhas e jogando gamão -todos costumes da
região. "Aqui não tem cinema e
eu adoro cinema", conta a bailarina, que se acostumou a ver
filmes na TV.
A série segue a brasileira em
um centro de danças folclóricas, onde ela se apresenta para
turistas -seu ganha pão na Capadócia. Ou em sua aula com
uma dona de casa que lhe ensina a dança cigana e é interrompida pelo chamado que ecoa
das mesquitas convidando os
muçulmanos da região a orar,
como conta Maria Clara. "Tudo
é muito novo. É como se estivesse vivendo dentro de um filme. Não é a realidade normal
para mim."
Além das diferenças culturais que experimentam as brasileiras, o programa abre espaço para as protagonistas falarem de suas realizações ou angústias fora do Brasil.
Na Turquia, a bailarina divide-se entre a realização de conseguir viver da dança e crises
por viver longe da filha no Brasil, quando coloca em dúvida a
decisão de morar longe de casa.
Seguindo o viés feminino que
pauta a programação do GNT,
"Fora de Casa" extrai boas histórias de anônimas e também
aborda questões comuns às
mulheres - e não exclusivas de
viajantes- , sem precisar do sofá de programas como "Saia
Justa". Entre tantas produções
que estreaim e deixam sem explicação a grade do canal, esse
teria fôlego para continuar.
FORA DE CASA
Quando: estreia hoje, às 21h; reprises
sábado, às 6h30, e domingo, às 13h30
Onde: no GNT
Classificação indicativa: não informada
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