São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2010

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Evento presta tributo a Vittorio Gassman, morto há dez anos

DA ENVIADA A VENEZA

Ontem seria aniversário de Vittorio Gassman. Se estivesse vivo, o ator e diretor italiano estaria completando 88 anos. A essa data se juntou a de dez anos de sua morte.
E foi assim, com as efemérides a modular a emoção, que Veneza prestou seu tributo ao artista que desfilou várias de suas faces pelas telas do festival.
O programa especial foi aberto na noite de anteontem com a exibição, na arena do Campo São Paulo, com a tela rodeada pelas janelas de Veneza, da cópia restaurada do impecável "Perfume de Mulher" (1974), de Dino Risi.
Ontem, houve a premiere de "Vittorio Racconta Gassman, una Vita de Mattatore", documentário feito por Giancarlo Scarchilli com a colaboração de Alessandro Gassman, filho do ator.
O filme repassa a vida desse gênio da cena por meio de trechos de filmes, peças e depoimentos. Há, ainda, imagens de família.
Seguir os passos de Gassman é seguir, também, os de Dino de Laurentis, Mario Monicelli, Francesco Rossi, Ettore Scola. É voltar a um tempo no qual, como diz Scola, o cinema italiano era um cinema de amigos, de pessoas que se frequentavam e "não tinham ciúme do filme do outro".
Gassman, como a própria tradição italiana, nos chega pelo humor: "Os atores fazem teatro para não ter de acordar cedo". Mas também pela melancolia.
É tocante ouvi-lo dizer que o ofício que tanta alegria deu aos espectadores o fez deprimido. "Fui ator por desejo da minha mãe e isso me impôs uma mudança de caráter. Paguei um preço. Mas valeu a pena." (APS)


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