São Paulo, sexta-feira, 02 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA DOCUMENTÁRIO

Filme superficial não ajuda na compreensão da poética do artista

FABIO CYPRIANO
CRÍTICO DA FOLHA

"Assim É, se lhe Parece", documentário sobre a obra de Nelson Leirner que entra hoje em circuito, é tão superficial como o título sugere.
Criado a partir da série "Iconoclássicos", organizada pelo Itaú Cultural, a produção, dirigida por Carla Gallo, é praticamente um despojado "making of" da Ocupação Nelson Leirner, realizada por ele no espaço em 2009. No documentário, vê-se o artista em busca de seus materiais de trabalho, no Saara, região de comércio popular do Rio, numa conversa com uma mãe de santo, na montagem da exposição.
São cenas cotidianas, que pouco ajudam a desvendar a complexidade da obra de Leirner, um dos nomes centrais da arte contemporânea. Há ainda depoimentos do paulistano radicado no Rio, que seguem num campo de deboche, inerente a seu trabalho, mas insuficiente para uma compreensão mais profunda sobre sua poética. Mimetizando a linguagem de programas de TV tipo "Celebrity Apprentice", a produção de Gallo, em seus longos 75 minutos, pouco acrescenta à obra de Leirner.

ASSIM É, SE LHE PARECE
DIREÇÃO Carla Gallo
PRODUÇÃO Brasil, 2011
ONDE Arteplex Frei Caneca, Espaço Unibanco Pompeia e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO péssimo


Texto Anterior: Raio-X: Nelson Leirner
Próximo Texto: Última Moda - Vivian Whiteman: Gente fina
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.