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TELEVISÃO
Crítica
"Alice nas Cidades" retrata fase deliciosa de Wenders
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Existe algo de delicioso no
Wim Wenders da década de 70.
O ano de 1968 era próximo, e o
mundo parecia aberto às experiências. Se não o mundo, ao
menos Wim e sua Alemanha.
Ou seus filmes e personagens.
É quase difícil dizer. A impressão que se tem ao ver
"Alice nas Cidades" (TC Cult,
19h55, 12 anos) é mista. Quase
não se sabe se o filme é que segue os personagens ou se os
personagens é que seguem o
filme. Qual vem primeiro?
Trata-se de uma atitude: deixar que os personagens tracem
seus caminhos, quase sem destino prévio. O homem e a menina que ele encontra. Estamos
no território da deriva. Na década seguinte, algo perdeu-se
em Wenders.
Ainda hoje, também imperdível: "Perseguidor Implacável" (TCM, 23h30, class. não
informada), com Clint Eastwood como Harry Callahan, no
grande filme de Don Siegel.
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