São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2000

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Lygia Clark é uma das artistas do século, diz crítico

DA REPORTAGEM LOCAL

O autor de "Matisse e Picasso" não tem dúvidas em dizer que os dois objetos de seu estudo são os dois grandes pintores do século 20. Mas ele também não hesita em incluir no rol dos maiores artistas dos últimos cem anos a brasileira Lygia Clark (1921-1988), expoente da chamada arte concreta.
"Gostaria até de aprender português para fazer um longo ensaio sobre ela", diz Yve-Alain Bois, que conviveu com a artista. "Lygia foi como uma mãe pra mim", explica o ex-professor da Universidade Harvard, que diz ter planos de conhecer São Paulo em breve.
"Já estive no Rio de Janeiro e foi lá que entendi a diferença entre arquitetura e urbanismo. A cidade é extraordinariamente bela, mesmo tendo uma arquitetura banal", explica o crítico.
Enquanto não vem ao país ou integra a comunidade lusófona, Bois vem preparando duas longas obras, que chegam às livrarias ainda este ano.
O mais ambicioso é um catálogo "raisonné" (termo usado para designar documentação completa e reprodução de todas as obras) de Barnett Newmann (1905-1970), artista norte-americano que esteve ligado ao expressionismo abstrato e às primeiras pinturas monocromáticas.
Bois também prepara, junto com a influente crítica norte-americana Rosalind Krauss, um trabalho didático sobre as artes plásticas no século 20, que chamará "Arte Moderna" e será publicado pela editora Thames e Hudson. (CEM)



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