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Lygia Clark é uma das artistas do século, diz crítico
DA REPORTAGEM LOCAL
O autor de "Matisse e Picasso" não tem dúvidas em
dizer que os dois objetos de
seu estudo são os dois grandes pintores do século 20.
Mas ele também não hesita
em incluir no rol dos maiores artistas dos últimos cem
anos a brasileira Lygia Clark
(1921-1988), expoente da
chamada arte concreta.
"Gostaria até de aprender
português para fazer um
longo ensaio sobre ela", diz
Yve-Alain Bois, que conviveu com a artista. "Lygia foi
como uma mãe pra mim",
explica o ex-professor da
Universidade Harvard, que
diz ter planos de conhecer
São Paulo em breve.
"Já estive no Rio de Janeiro
e foi lá que entendi a diferença entre arquitetura e urbanismo. A cidade é extraordinariamente bela, mesmo
tendo uma arquitetura banal", explica o crítico.
Enquanto não vem ao país
ou integra a comunidade lusófona, Bois vem preparando duas longas obras, que
chegam às livrarias ainda este ano.
O mais ambicioso é um catálogo "raisonné" (termo
usado para designar documentação completa e reprodução de todas as obras) de
Barnett Newmann (1905-1970), artista norte-americano que esteve ligado ao expressionismo abstrato e às
primeiras pinturas monocromáticas.
Bois também prepara, junto com a influente crítica
norte-americana Rosalind
Krauss, um trabalho didático sobre as artes plásticas no
século 20, que chamará "Arte Moderna" e será publicado pela editora Thames e
Hudson.
(CEM)
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