São Paulo, segunda-feira, 03 de janeiro de 2005

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FILMES

Herói por Engano
Record, 14h.
  
(Santa with Muscles). EUA, 1996, 97 min. Direção: John Murlowsky. Com Hulk Hoogan, Don Stark. Homem malvado sofre acidente, perde a memória e passa a achar que sua missão no mundo é defender as pessoas de um homem malvado -que vem a ser ele mesmo.

Dr. Dolittle
Globo, 16h05.
 
(Dr. Dolittle). EUA, 1998, 85 min. Direção: Betty Thomas. Com Eddie Murphy, Ossie Davis, Oliver Platt, Peter Boyle. "Remake" do "Dr. Dolittle" (1967), em que Murphy é o doutor que reencontra o dom que tinha na infância de se comunicar com animais. Murphy foi dos mais geniais comediantes físicos nos anos 80, mas depois caiu em desgraça, literalmente.

Xuxa e os Duendes
Globo, 21h55.
 
Brasil, 2001, 90 min. Direção: Paulo Sérgio de Almeida. Com Xuxa, Gugu Liberato. Xuxa é a botânica que tem poderes para se entrosar com duendes e lutar contra um pérfido executivo. Não foram poucas as crianças que acharam o filme tosco, o que já denuncia a qualidade deste que é o pior filme da rainha dos baixinhos. O ciclo de filmes nacionais que a emissora programa para a semana já começa bem mal. Inédito.

Intercine
Globo, 0h50.

Acompanhando a semana de filmes brasileiros da emissora, as opções para o telespectador são "Amores" (1998, de Domingos Oliveira, com Oliveira, Maria Mariana) e "Veja Esta Canção" (1994, de Carlos Diegues, com Debora Bloch, Pedro Cardoso, Fernanda Montenegro).

Piratas da Informática
SBT, 2h15.
  
(Pirates of Silicon Valley). EUA, 1999, 120 min. Direção: Martyn Burke. Com Noah Wyle, Anthony Michael Hall. Piratarias informáticas, primeiro as dos donos da Apple, depois a de Bill Gates, dono da Microsoft -que supera a Apple. Filme feito para a TV a cabo. A ver. Somente para São Paulo.

O Segredo
Globo, 2h45.
   
(The Chamber). EUA, 1996, 115 min. Direção: James Foley. Com Chris O'Donnell, Gene Hackman, Faye Dunaway. O'Donnell é o advogado que tenta salvar da câmara de gás seu avô, racista convicto e assassino de negros. Foley leva bem este filme que vai além, muito além, do simplismo maniqueísta corrente nas histórias sobre racismo.

Advogado por Engano
SBT, 3h50.
  
(Trial and Error). EUA, 1997, 98 min. Direção: Jonathan Lynn, com Jeff Daniels, Charlize Theron. Após passar por uma despedida de solteiro que o pôs na lona, jovem advogado deve ser substituído em julgamento por um amigo perfeitamente incapaz. É sempre bom ver Charlize em tempos pretéritos, sobretudo acompanhada do subestimado Jeff Daniels. (PSL)

Encontro com a vida

PAULO SANTOS LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"O Demônio das Onze Horas" (Telecine Classic, 23h20) é um grande filme de aventura. Ao estilo de Godard, claro, e temos os amantes que abandonam a vidinha pequeno-burguesa para cair no mundo.
É o tal encontro com a vida que a geração da Nouvelle Vague armou com o seu cinema nos anos 60, que permitia aqui, em meio à fuga de Belmondo e Anna Karina, que fossem discutidos a crise política ou o limite da arte como representação do mundo. É um filme de risco que aposta no imponderável, como a vida.
Steven Soderbergh, filhote que repete tortuosamente a cinefilia nouvellevaguista, também arriscou em "Solaris" (Telecine Premium, 18h50). E fez uma belíssima refilmagem, que não despreza, mas ultrapassa sua matriz, Tarkovski, para também chegar à vida.

TV PAGA

Especial vê relação de Milton com o cinema

DA REDAÇÃO

Os laços de Milton Nascimento, 62, com o cinema não se restringem apenas à relação entre um compositor popular que se aventura na tarefa de orientar a criação para uma determinada história. Milton também ficava à frente das câmeras, e os depoimentos do especial "Luz, Câmera, Canção", exibido hoje pelo Canal Brasil, afirmam que não era, como ator, apenas um ótimo cantor.
Com quatro filmes no currículo, Milton Nascimento diz que o cinema foi uma grande força inspiradora para o que viria a se tornar o Clube da Esquina.
Ao lado de Márcio Borges, que também integraria a cena mineira, o cantor revela que assistiu várias vezes seguidas ao clássico da nouvelle vague "Jules e Jim", de François Truffaut, e se sentiu impulsionado a criar. "Após a sessão, eu falei para o Márcio: "A gente tem que fazer alguma coisa". E em uma noite compusemos três músicas."
Sua curta participação em "Fitzcarraldo", como um porteiro do teatro Amazonas, rendeu a lembrança das acidentadas filmagens conduzidas pelo cineasta "físico" Werner Herzog -os índios que figuravam na produção chegaram até a organizar uma tentativa de assassinato de Klaus Kinski, protagonista do filme. A intempestiva personalidade do ator alemão, nascido na Polônia, não se mostrou diferente para Milton: "Um horror de pessoa. Jurei que nunca mais queria ver aquele cara na minha vida".
"Luz, Câmera, Canção!" ainda traz os depoimentos dos cineastas Ruy Guerra (com quem trabalhou em "Os Deuses e os Mortos", de 1970, em que foi responsável pelas canções do filme) e Paulo César Saraceni, diretor do mais recente "O Viajante (1998), em que interpreta um vendedor ambulante e não escapou da tarefa de compor a trilha sonora.


LUZ, CÂMERA, CANÇÃO! - MILTON NASCIMENTO. Quando: hoje, às 16h30, no Canal Brasil.


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