|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica
Filmes mostram a brutalidade do ser humano
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A violência faz homem e animal coincidirem e diferenciarem-se. Basta comparar um documentário da Discovery com
algum filme. Fica claro que os
irracionais violentam-se pela
sobrevivência ao passo que os
humanos são brutais por motivos inexplicáveis.
Isso aparece em "Amores Brutos" (Telecine Cult, 22h),
que se dá ao prazer de alinhar a
nossa desgraça a uma horrorosa carnificina entre cães rotweillers. É o mexicano Alejandro Iñárritu, atual queridinho
de Hollywood, fazendo sensacionalismo com o lado animal
do homem.
A obra-prima "Amargo Pesadelo" (Max Prime, 15h15),
de John Boorman, não compara bicho e homem, e mostra o
levante da natureza contra os
civilizados, traduzida na correnteza do rio e no ataque dos
homens do mato contra os quatro protagonistas urbanos.
Mas é o soberbo "A Freira e a Tortura" (Canal Brasil,
0h30), de Ozualdo Candeias,
quem deixa claro que a comparação entre homem e animal
denigre os pobres bichos.
Texto Anterior: Série: Em "Vanished", some a mulher do senador Próximo Texto: Marcelo Coelho: O Céu de Suely Índice
|