São Paulo, quarta-feira, 03 de janeiro de 2007

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Crítica

Filmes mostram a brutalidade do ser humano

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A violência faz homem e animal coincidirem e diferenciarem-se. Basta comparar um documentário da Discovery com algum filme. Fica claro que os irracionais violentam-se pela sobrevivência ao passo que os humanos são brutais por motivos inexplicáveis.
Isso aparece em "Amores Brutos" (Telecine Cult, 22h), que se dá ao prazer de alinhar a nossa desgraça a uma horrorosa carnificina entre cães rotweillers. É o mexicano Alejandro Iñárritu, atual queridinho de Hollywood, fazendo sensacionalismo com o lado animal do homem.
A obra-prima "Amargo Pesadelo" (Max Prime, 15h15), de John Boorman, não compara bicho e homem, e mostra o levante da natureza contra os civilizados, traduzida na correnteza do rio e no ataque dos homens do mato contra os quatro protagonistas urbanos.
Mas é o soberbo "A Freira e a Tortura" (Canal Brasil, 0h30), de Ozualdo Candeias, quem deixa claro que a comparação entre homem e animal denigre os pobres bichos.


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