|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FESTIVAL DE TEATRO DE CURITIBA
Organização confirma 158 peças para a edição da mostra paralela deste ano, em março
Fringe quintuplica peças em cinco anos
VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Lançado na sétima edição do
evento, em 1998, o Fringe, mostra
paralela do Festival de Teatro de
Curitiba (FTC), infla a cada ano.
Programado para 20 a 30 de
março, o 12º FTC somava, até a última sexta-feira, 158 espetáculos
confirmados no Fringe.
Em 2002 foram apresentadas 33
peças; em 2001, 104; na primeira
edição do evento, cinco anos
atrás, eram apenas 32. Ou seja,
praticamente quintuplicou. A
coordenação do Fringe estima
que esse total deve espichar ainda
mais nos próximos dias, chegando a cerca de 180 peças (mais de
530 grupos se inscreveram até novembro passado).
No bolo de 2003, é possível fatiar projetos voltados para a literatura não necessariamente dramática. São encenados textos de
Carlos Drummond de Andrade,
Caio Fernando de Abreu (alvo de
duas peças cada um), Jorge Amado, Adélia Prado, Luís da Câmara
Cascudo e Florbela Espanca.
Outro segmento é o das comédias e tragédias gregas, representadas por Aristófanes ("Lisístrata") e Eurípides ("As Suplicantes"
e "Troianas"). O Fringe se aventura ainda pela obra de William
Shakespeare, com dois "Romeu e
Julieta", mais "A Megera Domada" e "Muito Barulho por Nada".
Espetáculo-revelação de 99, "A
Boa", com texto de Aimar Labaki
(SP), volta a Curitiba na versão de
uma companhia baiana.
A diversidade, aliás, domina o
mapa do evento. Há encenações
do Piauí, de Pernambuco, da Bahia, do Espírito Santo, de Santa
Catarina e de mais seis Estados
brasileiros. Há, inclusive, produções do Chile e dos EUA.
Franja ou margem, na expressão em inglês, o Fringe se converteu em principal atrativo do FTC,
festival que mobiliza a cena teatral
do país desde 92, produzido pela
Calvin Entretenimento.
Os anseios de "espaço democrático e de crescimento infinito da
oferta de espetáculos", como quer
a empresa, têm inspiração no
Fringe do Festival de Edimburgo,
na Escócia, para onde convergem,
anualmente, centenas de grupos
de vários países.
Para participar do Fringe curitibano, a companhia paga taxa de
R$ 50 (palcos convencionais) ou
R$ 30 (alternativos). As trupes de
teatro de rua têm passe livre.
Em comum, embrenham-se pela programação bancando seus
custos. A contrapartida mínima
do festival se dá pela estrutura cenotécnica e equipe local de técnicos -contrapartida criticada
pontualmente a cada edição.
A 45 dias da abertura, estão confirmados cinco espetáculos na
Mostra de Teatro Contemporâneo do FTC, que deve ter de 20 a
22 atrações. Oficialmente, é o carro-chefe do evento.
São as peças, a saber: "A Hora
em que Não Sabíamos Nada Uns
dos Outros", com a Cia. Elevador
de Teatro Panorâmico (SP); "As
Nuvens e/ou Um Deus Chamado
Dinheiro", com o grupo Parlapatões (SP); "Pessoas Invisíveis",
Armazém Cia. de Teatro (RJ);
"Fausto", Péssima Cia. de Teatro
(RJ); e "João and Maria", Cia. Senhas de Teatro (PR).
O orçamento deste ano é de R$
1,5 milhão, segundo o diretor-geral do FTC, Victor Aronis. Há patrocínio do banco Itaú e apoio da
Prefeitura de Curitiba.
Texto Anterior: Erudito: Coleção revela "feitiço" do tenor Beniamino Gigli Próximo Texto: Panorâmica - Cinema: Festival de Roterdã anuncia seus vencedores Índice
|