São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2004

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Longa mostra os dois lados da agressão

FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Te Doy Mis Ojos", o grande premiado na festa do Goya, é o terceiro filme da atriz Icíar Bollaín, 37, atrás das câmeras. Ela já havia tratado do tema da violência doméstica no curta "Amores que Matan" (2000).

Folha - O tema do filme é muito duro e muito atual. Havia muita expectativa do público em relação à fita?
Icíar Bollaín -
Não exatamente. O assunto está no jornal todos os dias, acho que ninguém esperava ver um filme mostrando o tema.

Folha - Qual foi a maior dificuldade em tratar o tema?
Bollaín -
Não é um assunto muito atrativo para um sábado à tarde, digamos. Tínhamos de encontrar um jeito de contar essa história de uma maneira que o público pudesse digerir.

Folha - Mas o resultado é forte...
Bollaín -
Não tanto como ocorre na vida real. Mostramos também o lado do agressor. Falamos com muitas mulheres agredidas e notamos que há muitas coisas implicadas. Na vida as coisas não são preto-e-branco, há outros tons.

Folha - Você faz parte de uma nova geração do cinema espanhol. Quais seriam os pontos em comum entre os novos cineastas?
Bollaín -
Não temos muito em comum, talvez apenas o ecletismo mesmo. Tratamos de temas diferentes, gêneros distintos, e não temos mais complexos, não temos medo de sair para filmar no exterior, como fez Isabel Coixet. (IP)


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