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Reestruturação aumenta renda
do enviado especial
O Ecad passa por uma reestruturação cujo marco foi a contratação, há um ano, de um executivo
do setor privado para administrar
a sucursal paulista do órgão.
Antero dos Santos Salgado, chefe do escritório em São Paulo, foi
gerente de marketing e gerente de
unidade de negócio da multinacional White Martins.
Nesse período, 80% do quadro
funcional foi demitido por inadequação ao que Salgado chama de
"nova filosofia". Outros dez foram demitidos por corrupção
(aceitar propinas de contratantes
de shows ou casas noturnas). Como os processos estão em andamento, ele não citou nomes.
Mas Salgado fornece os dados da
arrecadação: entre R$ 2 milhões e
R$ 2,2 milhões por mês no Estado,
quase um terço de tudo o que o
escritório arrecada no país inteiro,
que é de R$ 7 milhões.
Ele calcula que a sonegação em
São Paulo chega a 25%. "Isso sem
contar o que não é identificado pela falta de fiscalização."
Outro dado: no ano passado,
com a reestruturação, o Ecad arrecadou, em São Paulo, 20% a mais
em relação a 1996.
Do total arrecadado, a lei determina que a distribuição seja a seguinte: 75% para os autores, 20%
para o Ecad e 5% para as associações de compositores.
O Ecad é constituído por dez associações que congregam compositores, músicos, cantores, editoras e gravadoras.
A sede do Ecad, no Rio, calcula
que o órgão deixa de arrecadar R$
23 milhões por mês devido à sonegação.
Para os shows do U2 em São
Paulo, segundo a sucursal paulista
do Ecad, foram designados entre
20 e 30 fiscais para trabalhar no
Morumbi nas noites de show.
"Temos 48 horas depois da última apresentação para fazer o levantamento de quanto será arrecadado", disse Ramon de Souza,
39, inspetor do Ecad.
(LPz)
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