São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2000


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O cantor Morrissey e seu séquito de fãs comparecem hoje e amanhã ao Olympia; o ex-líder dos Smiths fala à Folha sobre o Brasil, sua ex-banda e futebol
O messias chegou

Adriana Franciosi/Zero Hora
Morissey, ex-líder dos Smiths, em show realizado em Porto Alegre na última sexta-feira à noite


LÚCIO RIBEIRO
enviado especial a Curitiba

Padre Marcelo quem? São Paulo testemunha hoje e amanhã, pela primeira vez, a passagem de um dos maiores cultos da música pop internacional. O dândi Morrissey, ex-líder da lendária banda inglesa The Smiths, dá show na cidade.
A turnê faz parte da turnê "Aye Steban! Tour", peregrinação roqueira que foi iniciada no ano passado e tem levado fiéis a lotar templos de música de Nova York a Tóquio, da Cidade do México a Paris.
Quem ouviu rádio, frequentou lojas de discos, leu notícias de música jovem em jornais e revistas nos anos 80 tomou contato com as palavras missionárias de um artista que estava definindo com sua poesia o comportamento e os gostos da desnorteada garotada inglesa (e além) daquela década.
Poesia essa musicada pelo mago guitarrista Johnny Marr, é bom ressaltar, um dos mais inspirados "casamentos" do pop desde Lennon e McCartney.
Depois do fim dos Smiths, em 87, Morrissey ia entrar nos anos 90 com uma carreira solo de álbuns alternando o brilhantismo com o esgotamento poético. Mas ainda sim com uma horda de fãs no seu encalço.
A questão do séquito criado pelos Smiths e que desembocou na carreira solo de Morrissey é muito séria. O cantor lota shows por onde passa, seja onde for, mesmo sem lançar disco com material inédito desde 1997. Morrissey não tem nem contrato com uma gravadora.
Ainda assim, em seus shows atuais, o público leva flores, atira presentes em sua direção e não sossega enquanto não sobe no palco para abraçar o ídolo, considerado "o maior inglês vivo", segundo o sério jornal britânico "The Guardian".
E agora ele está no meio de nós. É a chance de ver o mito do pop inglês, sem tanto cabelo para sustentar o topete dos anos 80, mais gordo e já batendo na casa dos 43 anos. Mas, ainda hoje, o Messias de uma geração de seres tímidos, introspectivos.
A Folha conversou com exclusividade com Morrissey em Curitiba, horas antes da apresentação na capital paranaense. A entrevista segue abaixo.


Show: Oye Steban!
Artista: Morrissey
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, tel. 0/xx/11/3675-3999)
Quando: hoje e amanhã (SP); quarta-feira, no ATL Hall, no Rio de Janeiro
Quanto: R$ 60 (pista), R$ 80 (setor C, mesas) e R$ 100 (camarote)


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