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Sinfônica traz violinista canadense a São Paulo
Sob comando de Roberto Minczuk, OSB inicia no domingo série de apresentações
Com um precioso Stradivarius "Ex Foulis" de 1714, Karen Gomyo sola
no concerto para violino
de Felix Mendelssohn
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Domingo começa a série de
apresentações da Orquestra
Sinfônica Brasileira, do Rio de
Janeiro, em São Paulo. Sob a
batuta de seu titular, Roberto
Minczuk, a OSB traz como solista convidada a violinista canadense de origem japonesa
Karen Gomyo, 26.
Com o Municipal carioca em
reformas, e a Cidade da Música
-que deveria ser a nova sede da
orquestra- com as obras paralisadas, a orquestra, neste ano,
tem tocado na Sala Cecília Meireles, que possui uma das melhores acústicas do Brasil.
À Sala São Paulo, o grupo vai
trazer alguns solistas internacionais de grande destaque. Como o norte-americano Joshua
Bell, 41, que já tocou por aqui
várias vezes, sempre exibindo
técnica de uma perfeição no limite da inverossimilhança.
Bell e a OSB se apresentam
em São Paulo em junho.
Em setembro, a orquestra convida
Ivo Pogorelich, pianista croata
de 50 anos de personalidade
excêntrica e sonoridade generosa, enquanto, em novembro,
a atração é Aimi Kobayashi,
pianista japonesa de apenas 13
anos cujos vídeos fazem sucesso no YouTube.
Stradivarius
A solista desta semana, Karen Gomyo, nasceu no Japão,
mas, desde os dois anos de idade, vive no Canadá, onde Roberto Minczuk é ativo desde
2007, como diretor musical da
Filarmônica de Calgary.
Tendo nas mãos um precioso
Stradivarius "Ex Foulis" de
1714 (que está com ela há oito
anos, e do qual a instrumentista é proibida por contrato de falar), Gomyo sola no concerto
para violino de Felix Mendelssohn (1809-1847), compositor
alemão cujo bicentenário é celebrado em 2009.
"Trata-se de uma obra na
transição entre o classicismo e
o romantismo, e que eu vejo
mais como clássica, por uma
simplicidade que remete a Mozart", diz a violinista.
O programa é todo concentrado em efemérides. Para homenagear os 50 anos de morte
de Villa-Lobos (1887-1959),
Minczuk abre a tarde com "Gênesis", bailado de orquestração
exuberante, descrevendo a
criação da Terra, feito sob encomenda da coreógrafa americana Janet Collins, em 1954.
As duas obras restantes festejam o ano da França no Brasil. "O Boi no Telhado", de Darius Milhaud (1892-1974), é
uma coletânea de temas de autores brasileiros como Ernesto
Nazareth, Marcelo Tupinambá
e Chiquinha Gonzaga, enquanto a segunda suíte de "Baco e
Ariadne", de Albert Roussel
(1869-1937), reúne trechos do
caleidoscópico bailado homônimo do compositor francês.
OSB E KAREN GOMYO
Quando: dom, às 17h
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 0/xx/11/3337-5414)
Quanto: R$ 35 a R$ 110
Classificação: livre
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