São Paulo, sábado, 03 de abril de 2010

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Crítica

Selton Mello é trunfo de "A Mulher Invisível"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É uma situação difícil a dos atuais dirigentes do cinema brasileiro. Eles precisam, absolutamente, desses filmes em que o espectador sai de casa para encontrar, no cinema, o mesmo mundo que a TV oferece. Uma categoria de filmes de que "A Mulher Invisível" (TC Premium, 22h; 14 anos) não é o melhor nem o pior exemplo.
Esses são os filmes nacionais que fazem sucesso regularmente. E por isso são necessários. Eles é que salvam as estatísticas e justificam os financiamentos etc. e tal.
Vamos e venhamos: "A Mulher Invisível" é, como argumento, vergonhosamente colado em "O Amor É Cego", dos irmãos Farrelly. Só que, aqui, Selton Mello encontra uma mulher perfeita, isto é, que só existe em sua imaginação. Coisa que a mulher, Luana Piovani, passa o tempo todo tentando lhe explicar.
Não é justo dizer que um filme comercial, como este, seja uma empreitada, digamos, meramente "comercialista", ou seja, que seu objetivo seja apenas ganhar dinheiro. O desafio principal é outro: chegar ao público, levá-lo a ver um filme brasileiro. O problema é que rodamos em círculos: vamos ao cinema sem sair do universo da televisão (à parte algumas sugestões eróticas que seriam inviáveis na TV).
Dito isso, se existe algo que torna "A Mulher Invisível" visível, é a presença e o humor de Selton Mello.


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