São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2006

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[+] O "curador"

"Arte quer se reapropriar das ruas"

DA REPORTAGEM LOCAL

Marc Schiller, 41, criador da galeria virtual Wooster Collective (www.woostercollective.com), defende que a intervenção artística em propagandas no espaço urbano, como a realizada por Eduardo Srur, é uma das formas por excelência da arte de rua.
De acordo com Schiller, a essência desse tipo de manifestação está na retomada (e na conquista) do espaço público. Sua forma mais tradicional é o grafite. Já a essência da propaganda, continua, é a compra do espaço público.
"Se você se reapropria de um espaço que havia sido comprado", ele diz, em referência aos outdoors, "isso é reapropriação ao máximo". Schiller afirma que o recurso da propaganda a formas de arte de rua, como o grafite, é "uma tendência global", porque as mídias tradicionais "têm se tornado cada vez mais ineficazes".
"Os publicitários tentam explorar modos não-tradicionais para atingir as pessoas. A arte de rua é um bom recurso porque é energética e consegue impactar as pessoas", diz.
"Mas não é arte, não é grafite, é uma imitação", diz o "curador" sobre essas novas formas de propaganda.
Ele cita o exemplo específico do grafite, que, para ele, por definição, não pode ser pago ou legalizado, já que parte de sua realização é a conquista de um local -o que a compra perverteria completamente. (RC)


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