|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
[+] O "curador"
"Arte quer se reapropriar das ruas"
DA REPORTAGEM LOCAL
Marc Schiller, 41, criador da galeria virtual
Wooster Collective
(www.woostercollective.com), defende que a
intervenção artística em
propagandas no espaço
urbano, como a realizada
por Eduardo Srur, é uma
das formas por excelência
da arte de rua.
De acordo com Schiller,
a essência desse tipo de
manifestação está na retomada (e na conquista) do
espaço público. Sua forma
mais tradicional é o grafite. Já a essência da propaganda, continua, é a compra do espaço público.
"Se você se reapropria
de um espaço que havia sido comprado", ele diz, em
referência aos outdoors,
"isso é reapropriação ao
máximo". Schiller afirma
que o recurso da propaganda a formas de arte de
rua, como o grafite, é "uma
tendência global", porque
as mídias tradicionais
"têm se tornado cada vez
mais ineficazes".
"Os publicitários tentam explorar modos não-tradicionais para atingir
as pessoas. A arte de rua é
um bom recurso porque é
energética e consegue impactar as pessoas", diz.
"Mas não é arte, não é
grafite, é uma imitação",
diz o "curador" sobre essas novas formas de propaganda.
Ele cita o exemplo específico do grafite, que, para
ele, por definição, não pode ser pago ou legalizado,
já que parte de sua realização é a conquista de um local -o que a compra perverteria completamente.
(RC)
Texto Anterior: Briga de rua Próximo Texto: Sites exibem arte e publicidade na rua Índice
|