São Paulo, quinta-feira, 03 de julho de 2008

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Neves diz que irá responder "todas as alegações"

DA REPORTAGEM LOCAL

O arquiteto Julio Neves foi eleito presidente do Masp em outubro de 1994, vencendo os concorrentes José Mindlin e Roberto Costa de Abreu Sodré. Foi reeleito pelo conselho nas seis eleições que se seguiram. O mandato de Neves chega ao fim em outubro deste ano, quando haverá novas eleições para a presidência do museu. Isso ocorrerá no mesmo mês em que vence a concessão do uso do prédio na Paulista. Em entrevista à Folha em 2007, Neves disse que não pretendia se candidatar ao cargo novamente.
Leia abaixo as respostas enviadas anteontem por Julio Neves. (SM)

 

FOLHA - Os dados no laudo do Ministério Público estão corretos?
JULIO NEVES - O laudo apresentado pelo MPE, com 102 páginas, contém uma análise das demonstrações contábeis do Masp, ao longo de 18 anos (1990 a 2007). Como responder a tal trabalho na própria reunião em que nos foi entregue? O Masp, na ocasião, requereu prazo de 30 dias para se manifestar, o que foi negado pela promotoria.

FOLHA - Por que a diretoria do museu não assinou o termo proposto pelo MP após a reunião na última quarta?
NEVES - Obviamente, porque o termo proposto foi baseado em alegações contidas em parecer contábil que não tivemos a oportunidade de analisar.

FOLHA - Que providências o Masp deverá tomar agora?
NEVES - Certamente responder, ponto a ponto, todas as alegações e considerações da promotoria.

FOLHA - A prefeitura condiciona a renovação da concessão do prédio na Paulista ao museu a uma reforma no estatuto, que permitiria a participação do poder público no conselho do Masp. O museu aceitará reformar o estatuto?
NEVES - A direção do Masp não tem conhecimento de exigências da municipalidade relativas à renovação da concessão de uso do edifício construído para abrigar sua sede.


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