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"ALIEN VS. PREDADOR"
Encontro só se sustenta pelo marketing
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Alien, o oitavo e terrível passageiro tornado célebre por
Ridley Scott, em 1979, tem um encontro marcado com Predador, o
E.T. de dreadlocks do qual nem o
fortão Arnold Schwarzenegger foi
capaz de dar cabo em 1987.
O "crossover" (literalmente,
cruzamento) entre os dois personagens mais populares da ficção
científica dos anos 80 está sendo
promovido por Paul W.S. Anderson ("Mortal Kombat").
Marketing? Bingo!
Por mais que Anderson jure fidelidade aos personagens -o
que realmente não é de duvidar,
dada a quantidade de referências
aos outros filmes-, "Alien vs.
Predador" é tão relevante quanto
as demais continuações furadas
das franquias.
Para levar adiante seu sonho e,
claro, engordar a caixa registradora da Fox, que aguardou séculos para dar OK à produção, o diretor foi obrigado a se contentar
com um elenco de desconhecidos
e um roteiro ambientado 150 anos
antes do primeiro "Alien".
"Pelo menos não preciso pensar
duas vezes antes de matá-los", defendeu o diretor em rápida entrevista à Folha. O que não deixa de
ser verdade: "Alien vs. Predador"
é uma espécie de jogo Tetris em
que as peças que caem são as paredes de uma pirâmide subterrânea construída por predadores
para caçar aliens (mas que acaba
prendendo os humanos).
Ritual realizado a cada cem
anos -contados tragicamente
em um calendário asteca!-, os
humanos são apenas a presa para
que a gosmenta batalha tenha início. E não acabe nunca.
Alien vs. Predador
Alien vs. Predator
Produção: EUA, 2004
Direção: Paul W.S. Anderson
Com: Sanaa Lathan, Raoul Bova
Quando: a partir de hoje no cine Pátio
Higienópolis 2 e circuito
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